Este artigo analisa a produção da existência do povo indígena Puruborá da aldeia Aperoi, Rondônia, Brasil, por meio da Produção Associada, a partir de uma pesquisa desenvolvida nos anos de 2016 a 2019. Trata-se de um estudo qualitativo, que se utilizou de elementos da pesquisa participante. Empregou-se como instrumentos de pesquisa para construção deste texto a análise documental, oito entrevistas semiestruturadas e observação participante, registrada em diário de campo com a ajuda de fotografias e vídeos. A análise se efetivou por meio da triangulação dos diferentes instrumentos, do objetivo do artigo e do referencial teórico empregado. Na aldeia Aperoi existem o trabalho de ganhar e o trabalho de viver, que nos remete ao modo de produção capitalista e ao trabalho em seu sentido ontológico, relacionado à liberdade, respectivamente. A produção da existência do povo Puruborá da aldeia Aperoi se materializa através da Produção Associada e, por essa razão, mediante o compartilhamento e a reconstrução histórica e cotidiana de uma série de saberes, sejam os tradicionais, sejam os construídos após o contato com Marechal Rondon em 1909.