“…Tradicionalmente, a ilha de calor urbano é identificada a partir da temperatura do ar na atmosfera urbana inferior medida nas estações meteorológicas ou obtida em medições itinerantes, porém, a recolha dos dados constitui um processo dispendioso e moroso. Face a este cenário, a utilização da temperatura de superfície (Ts) -derivada a partir de imagens de satélite -tem vindo a ganhar destaque nas investigações de Climatologia Urbana (RAO, 1972;OKE, 2003;GUO et al, 2015;JUNIOR;AMORIM, 2016;DEILAMI et al, 2018), uma vez que fornece uma visão sinótica e uniforme (segundo o grau de resolução) de todo o território (WILSON et al, 2003;GANGULY;SHANKAR, 2014). A incorporação do infravermelho térmico nos satélites de média resolução (e.g., Landsat, MODIS, ASTER), ao possibilitar uma análise detalhada da distribuição espacial e temporal de Ts à escala intraurbana, conferiu uma nova dinâmica nos estudos acerca do clima urbano, e muito particularmente da ilha de calor ao nível das superfícies (e.g., WENG, 2001;OKE et al, 2017;ZHOU et al, 2019).…”