A mobilidade estudantil e o investimento económico dos empresários chineses em Portugal têm vindo a refletir-se no interesse pelo estudo da língua portuguesa por sinofalantes, verificando-se, igualmente, uma crescente motivação pela aprendizagem do mandarim em território português. Hoje, um grande número de universidades aposta no ensino do português na China, multiplicando-se os protocolos estabelecidos entre instituições universitárias dos dois países. As publicações em português, com vertente pedagógica, dirigidas ao público chinês começam a surgir no mercado, ao mesmo tempo que a procura por serviços de tradução especializada aumenta. Neste contexto, procede-se ao enquadramento teórico das políticas de língua europeias e portuguesas, a fim de caracterizar o contexto do ensino-aprendizagem de língua portuguesa a estrangeiros. Defende-se o reforço das políticas linguísticas educativas, mediante a criação de documentos orientadores para o ensino de língua para fins específicos e académicos, bem como a elaboração e disponibilização de recursos linguísticos que vão de encontro às necessidades de estudantes e profissionais estrangeiros, em particular o público sinofalante. Tendo como base estudos realizados no âmbito da comunicação e da gestão intercultural, é apresentada uma análise sobre as repercussões que podem advir de modelos relacionais e negociais distintos, com especial ênfase para o contexto empresarial chinês e português.