Sedação paliativa em fim de vida: debates em torno das prescrições médicas

Abstract

Os debates sobre as decisões de fim da vida são frequentes, no âmbito médico e na sociedade em geral. Os Cuidados Paliativos objetivam propiciar “qualidade de vida” ao enfermo, para produzir uma boa morte. Pautada neste ideário, a sedação paliativa é uma opção para alcançar tal meta. Este artigo se baseia em pesquisa documental em manuais para profissionais paliativistas e artigos científicos, que analisou as prescrições da sedação paliativa. A sedação é a administração de medicamentos em doses que reduzem o nível de consciência do enfermo, para alívio dos sintomas. O estudo evidenciou a valorização de um processo decisório compartilhado, com participação do doente, familiares e equipe médica. Esta dinâmica é complexa e passível de gerar conflitos, principalmente quando se trata da utilização de sedação paliativa para amenizar o sofrimento psicológico, devido à dificuldade de avaliação e por ultrapassar os limites do saber e da prática médica.

Ocorrência do diagnóstico de enfermagem síndrome de terminalidade em pacientes oncológicos

“…Logo, a dor é um sintoma importante para o desenvolvimento da Síndrome de terminalidade, pois o mal controle desencadeia os demais sintomas.16 Isso reitera a importância do raciocínio do enfermeiro em cuidados paliativos oncológico de modo sindrômico. (18,2,19) Na amostra, a unidade do HC I em uso de dripping de morfina foi de 20,5%, enquanto que com morfina de horário foi de 49,0%, demonstrando que os pacientes estão em condições clínicas complexas. Para a realização das medicações, foram utilizadas as vias de acesso periférica, central e por hipodermóclise.…”

Sedação Paliativa, Bioética e Terminalidade da Vida

“…A Associação Europeia para Cuidados Paliativos (EAPC) define SP como o uso monitorado de medicamentos com a intensão de induzir um estado de diminuição ou interrupção da consciência, no intuito de aliviar o sofrimento causado por sintomas que não podem ser tratados de outra maneira (Schur et al, 2016). A conduta terapêutica consiste no uso de fármacos sedativos para proporcionar alívio do sofrimento desencadeado por sintomas refratários, inerentes à condição clínica do paciente, por meio da redução do nível de consciência (Schur et al, 2016;Menezes & Lima, 2018;Menezes & Figueiredo, 2019).…”

“…Vale ressaltar que o foco da terapia não é apressar a morte, sendo a necessidade de controle dos sintomas o fator determinante da escolha da medicação, dose e duração da terapia, bem como do grau de redução de consciência (Menezes & Lima, 2018). Ao se optar pela implementação da SP, a meta ideal é preservar a capacidade do/a paciente de interagir com seus familiares/cuidadores, ao passo que se busca o adequado controle dos sintomas refratários, utilizando a menor dose possível do medicamento (Bobb, 2016).…”

“…Mesmo sendo um procedimento de natureza técnica, a indicação da SP pode ser uma decisão difícil de manejar, particularmente por sua relação com o tema da morte, discussão que nas últimas décadas tem ganhado maior visibilidade no espaço da Medicina, com a consolidação dos Cuidados Paliativos (Siqueira-Batista & Schramm, 2005;Alonso, 2013;Menezes & Lima, 2018).…”

Ocorrência Do Diagnóstico De Enfermagem Síndrome De Terminalidade Em Pacientes Oncológicos

“…Como vimos, a literatura corrobora que o sintoma de dor está significativamente associado ao desencadeamento da ansiedade, assim como da fadiga. Logo, a dor é um sintoma importante para o desenvolvimento da Síndrome de terminalidade, pois o mal controle desencadeia os demais sintomas.16 Isso reitera, a importância do raciocínio do enfermeiro em cuidados paliativos oncológico de modo sindrômico (13,14) .…”