Resumo O presente trabalho teve como objetivo compreender os sentidos e significados atribuídos pelos cuidadores principais à experiência de acompanhamento de pacientes com câncer em Cuidados ao Fim de Vida. Com este intuito, foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória, utilizando a observação participante como recurso metodológico. A análise de conteúdo foi utilizada como método de avaliação dos resultados, no qual a Teoria Existencialista de Viktor Frankl e a literatura contemporânea sobre Cuidados Paliativos serviram de substrato teórico à compreensão da temática em questão. Após a análise do diário de campo, foram extraídas cinco categorias temáticas: A espiritualidade atribuindo sentido à experiência; O tempo de espera; Morte como alívio do sofrimento; Revisão da história de vida; Incerteza quanto ao futuro. Foi possível perceber reações e sentimentos expostos pelos cuidadores, que, apesar do esgotamento físico e emocional, desejavam permanecer ao lado de seu familiar até sua morte. Entendemos que a comunicação da equipe ao cuidador sobre a aproximação da morte pode contribuir para o processo de elaboração psíquica desta vivência. A compreensão da experiência subjetiva do cuidador viabiliza uma abordagem efetiva da equipe às reais necessidades de cuidado do familiar.
Os debates sobre as decisões de fim da vida são frequentes, no âmbito médico e na sociedade em geral. Os Cuidados Paliativos objetivam propiciar “qualidade de vida” ao enfermo, para produzir uma boa morte. Pautada neste ideário, a sedação paliativa é uma opção para alcançar tal meta. Este artigo se baseia em pesquisa documental em manuais para profissionais paliativistas e artigos científicos, que analisou as prescrições da sedação paliativa. A sedação é a administração de medicamentos em doses que reduzem o nível de consciência do enfermo, para alívio dos sintomas. O estudo evidenciou a valorização de um processo decisório compartilhado, com participação do doente, familiares e equipe médica. Esta dinâmica é complexa e passível de gerar conflitos, principalmente quando se trata da utilização de sedação paliativa para amenizar o sofrimento psicológico, devido à dificuldade de avaliação e por ultrapassar os limites do saber e da prática médica.
O objetivo desse estudo foi investigar o enfrentamento de gestantes com Diabetes Mellitus (DM) que contavam ou não com suporte emocional da rede de apoio (companheiro, mãe, amiga) durante seu pré-natal. Uma amostra de 21 gestantes atendidas na Maternidade escola da UFRJ respondeu um Protocolo de dados gerais e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas. Metade delas era regularmente acompanhada nas consultas pré-natais por alguém da rede de apoio. Independente delas terem tido suporte emocional, a maioria das gestantes utilizava estratégias de enfrentamento “focadas no problema”, caracterizada pela aproximação do estressor (DM) para reavaliar o problema e vivenciar mais positivamente a gravidez de risco. Sugere-se que, mesmo que a rede de apoio não ofereça suporte emocional durante o pré-natal, mulheres com gravidez de risco como a DM se utilizam de outros apoios, como o instrumental ou financeiro, para auxiliá-las no enfrentamento da sua condição de vulnerabilidade durante a gravidez.
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