2012
DOI: 10.1590/s0102-09352012000100006
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Sensibilidade espécie-específica aos anti-inflamatórios não esteroidais: humanos X animais de companhia

Abstract:  RESUMOEste estudo forneceu subsídios para o melhor entendimento das intoxicações pelos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) em humanos e animais de companhia. Os principais focos foram a diferença espécie-específica e os serviços prestados por Centros de Informação Toxicológica. Para tanto, foram utilizados dados referentes às intoxicações por AINES em pessoas, cães e gatos reportadas ao CIT/RS entre 2005 e 2009. Além disso, foram abordados, comparativamente, os dados do American Association of Poison … Show more

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“…Quanto aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), foi a classe medicamentosa mais frequentemente utilizada, em especial a dipirona (Figura 6), que foi citada em 69,4% dos questionários, talvez pela tentativa dos tutores de aliviar os sintomas apresentados pelo animal, contudo, os animais, são mais sensíveis aos AINES, o que leva a intoxicação dos mesmos (Riboldi et al, 2012). O uso AINES, como o paracetamol ou acetominofeno, por exemplo, apresenta grandes riscos de intoxicações, principalmente se administrado em gatos, pois estes apresentam uma deficiência na conjugação do ácido glicurônico com a enzima hepática glicuronil-transferase, essencial para a eliminação deste fármaco (Tasaka, 2017).…”
Section: Resultsunclassified
“…Quanto aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), foi a classe medicamentosa mais frequentemente utilizada, em especial a dipirona (Figura 6), que foi citada em 69,4% dos questionários, talvez pela tentativa dos tutores de aliviar os sintomas apresentados pelo animal, contudo, os animais, são mais sensíveis aos AINES, o que leva a intoxicação dos mesmos (Riboldi et al, 2012). O uso AINES, como o paracetamol ou acetominofeno, por exemplo, apresenta grandes riscos de intoxicações, principalmente se administrado em gatos, pois estes apresentam uma deficiência na conjugação do ácido glicurônico com a enzima hepática glicuronil-transferase, essencial para a eliminação deste fármaco (Tasaka, 2017).…”
Section: Resultsunclassified
“…Para Riboldi et al (2012), na espécie humana, a grande maioria das exposições com AINES é intencional, por automedicação, e são com tais medicamentos: a) Adultos -diclofenaco (Citonline); b) Crianças -sendo a maioria das exposições não intencional, destacando-se o cetoprofeno, seguido do ibuprofeno (Ko, 2018;Renz et al, 2021).…”
Section: Fonte: Autoresunclassified
“…Vale destacar que é importante atentar para a questão da meia-vida e da dose tóxica (DL50) desses fármacos, já que a diferença no quadro clínico, bem como na gravidade da toxicose. Em humanos, a meia-vida do diclofenaco é de duas horas, e de duas a quatro horas tanto para o cetoprofeno como para o ibuprofeno (Riboldi et al, 2012;Xavier et al, 2021). Apesar de não se ter uma DL50 do ibuprofeno bem determinada para humanos, sugere-se que 100mg/kg já seria o suficiente para originar uma toxicose, podendo acontecer toxicidade severa com doses de 400mg/kg (Riboldi et al, 2012;Xavier et al, 2021).…”
Section: Fonte: Autoresunclassified
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“…Dezessete por cento dos gatos receberam anti-inflamatórios sem recomendação veterinária, sendo citados: cetoprofeno, meloxicam e ibuprofeno. O Brasil é o 9º consumidor mundial de AINEs, e as intoxicações em pequenos animais ocorrem pela ansiedade do tutor em aliviar os sintomas, ou pelo prolongamento do tratamento prescrito.Os animais são mais sensíveis aos AINEs do que os humanos, e grande parte das intoxicações por esta classe medicamentosa se deve à utilização de fármacos sem orientação profissional(RIBOLDI et al, 2012).Analgésicos e antitérmicos foram administrados a 17% dos cães na ausência de prescrição veterinária atual. Os princípios utilizados incluíram a dipirona, o tramadol e o paracetamol.Vinte por cento dos felinos receberam dipirona sem prescrição veterinária atualizada.Segundo Siroka e Svobodova (2013) a dipirona é metabolizada lentamente nesta espécie, podendo causar intoxicações quando utilizada em doses elevadas ou intervalos reduzidos.Importante ressaltar ainda que os gatos são mais suscetíveis à intoxicação por paracetamol em comparação a outras espécies, devido a sua baixa capacidade de glicuronidação, o que dificulta a eliminação de seus metabólitos.…”
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