Sobre "Homens, saúde e políticas públicas: a equidade de gênero em questão"

Abstract

In the article written by Maria Thereza Couto (USP) and Romeu Gomes (FIOCRUZ), the authors investigate the problem of the connection between health and public policies, focusing specifically on men's health and the implications for the promotion of gender equality. The article contains reflections on three levels of analysis: (1) the construction of the gender aspect in public policies, (2) the perspective of gender in public health policies, and (3) a questioning of the relationship between gender equality and male health policy.We should like to begin with some reflections on the variations in current terminology for talking about men and health: male health, men's health, comprehensive healthcare policy for men, policy for male health. These variations certainly do not occur purely by chance. The article provides some clues for thinking about these questions, first of all the definition of the actual field for investigation and intervention with regard to men in the area of health. In the last 20 years we have seen an intense debate on male participation in matters relating to sexual and reproductive health and sexual and reproductive rights. The action programs at the Conferences on Population and Development 1 and on Women 2 stressed the need to include men and boys in the debate on reproductive planning. We should point out that, at the time, as Arilha 3 reminds us, the involvement of men was listed under male "(ir)responsibility" with regard to questions of sexuality and reproduction.

Gênero e cuidados em saúde: Concepções de profissionais que atuam no contexto ambulatorial e hospitalar

“…Assim, características que se desviam da norma são consideradas tipicamente femininas e, portanto indesejáveis (Korin, 2001;Connell, 2005). Para Rohden (2003) e Martins (2004), a forma como as instituições de saúde diferenciam homens e mulheres fortalece o estabelecimento de padrões normativos socialmente concebidos como "adequados", respaldam a discriminação dos "desviantes" e, desta forma, podem não considerar as outras masculinidades e feminilidades (Nascimento & Carrara, 2012).…”

Masculinidades e Violências: Narrativas de Vida de Jovens em Conflito com a Lei

“…No cerne dessa problemática, caberia a seguinte questão: por que o gênero masculino é mais frequentemente associado a tais atos? Muitos autores apontam para essa aproximação das masculinidades com a violência (Nascimento, Segundo & Barker, 2009;Beiras & Nascimento, 2017;Nascimento & Aguayo, 2016;Grossi, 2004;Oliveira, 2005;Souza, 2005;Welzer-lang, 2004) -e levantamentos recentes 3 ainda mostram jovens do sexo masculino diretamente envolvidos com atos violentos, em que há a necessidade de compreender como é construída e constituída essa relação e se há, de fato, uma correlação baseada nas questões de gênero e sexualidade. A naturalização desse interjogo mostra, em muitos casos, que ainda temos de avançar nessas discussões e problematizar os fatores que intermedeiam a questão.…”

Concepções de gênero em um centro de atendimento à saúde da mulher

“…A Casa Ser é um espaço feminino, dentro dos moldes tradicionais da atenção primária à saúde, que é um espaço majoritária e historicamente feminino no Brasil (GOMES et al, 2011, NASCIMENTO;CARRARA, 2012). Todas as atividades que acompanhei foram direcionadas às mulheres.…”