“…Já para o caso brasileiro, Andrade e Lobão (1997), utilizando dados para o período 1963-1985, estimaram a demanda residencial de energia elétrica no Brasil em função da própria tarifa, da renda das famílias e do preço dos eletrodomésticos, obtendo valores de elasticidade-preço e elasticidade-renda, respectivamente, de -0,118 e -0,332 para o curto prazo e -0,4027 e -1,133 para o longo prazo. Mais recentemente, o Ipea estimou as elasticidades-preço do consumo de energia elétrica residencial no Brasil em 2012-2016 para os dois grupos de consumidores residenciais segundo a classificação empregada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): o consumidor médio (B1) e o consumidor baixa renda (Souza et al, 2021). Controlando o efeito-renda a partir de dados de rendimento médio anual dos estados brasileiros, os autores obtiveram para esses grupos, respectivamente, elasticidades-preço de -0,0455 e -0,3819.…”