Resumo: Este artigo tem como propósito identificar os condicionantes associados ao grau de confiança da população brasileira nas Forças Armadas do país. A principal fonte de dados foi um survey nacional realizado pelo Ipea em 2011 no âmbito da pesquisa "Sistema de Indicadores de Percepção Social", com foco em questões relacionados à defesa e segurança (SIPSDefesa Nacional). A partir das informações coletadas no survey e à luz da literatura sobre o tema, construiu-se um conjunto de variáveis independentes, cujo impacto sobre a confiança foi então testado por meio de um modelo de regressão ordinal. A principal conclusão do trabalho é que, não obstante prevaleça um elevado nível de confiança nas Forças Armadas entre todos os estratos da população brasileira, essa confiança é impactada de forma distinta de acordo com os condicionantes socioeconômicos e regionais e a percepção dos indivíduos acerca da legitimidade e efetividade de determinadas políticas públicas.Palavras-chave: Forças Armadas; Brasil; confiança; opinião pública; regressão ordinal Abstract: This article aims to identify the variables associated to the Brazilian population trust in the country's Armed Forces. The main source of data is a national survey conducted by Ipea in 2011 through the research project "System of Indicators of Social Perception", with focus on defense and security issues. By organizing the survey data in the light of the literature on the subject, we built up a set of independent variables, whose impact on confidence was then tested using a model of ordinal regression. The main conclusion is that, despite prevails a high level of confidence in the military among all strata of the population, that trust is impacted differently according to socioeconomic and regional conditions, as well as the perception of individuals about the legitimacy and effectiveness of specific public policies.
Este artigo investiga a elasticidade-preço e renda da demanda de eletricidade residencial brasileira no período 2012-2016. As estimativas usam dados em painel de efeitos aleatórios e fixos e função de resposta ao impulso em modelos de vetores autorregressivos (VAR) e de correção de erros (VECM) para análise de séries temporais. Além disso, analisamos os consumidores em duas categorias: consumidor de baixa renda e consumidor B1 (consumidor médio de eletricidade domiciliar). A contribuição mais relevante desta pesquisa é a análise dos diferentes tipos de consumidores e o impacto da mudança nos preços da energia elétrica nesses consumidores. Os resultados da estimativa do painel são menores que a unidade e têm uma relação negativa no consumo para mudanças positivas nos preços. Os resultados mostram que, para o consumidor residencial médio, a resposta da mudança de preço é menos relevante do que para consumidores de baixa renda. Na função de resposta ao impulso, verifica-se que os consumidores de baixa renda respondem mais rápido e de forma mais intensa que a média dos domicílios residenciais a variações no preço da energia elétrica. Pode-se inferir a partir desses resultados que o impacto da mudança de preço da energia elétrica afeta mais intensamente os consumidores de menor renda e menor consumo de eletricidade, em função do seu custo de oportunidade ser mais elevado. Por seu turno, para o consumidor médio residencial, que possui uma demanda maior por eletricidade, a resposta a mudanças nos preços desse serviço é mais inelástica. Isso ocorre porque a eletricidade é um bem mais necessário e também uma parcela menor da cesta de consumo para esse consumidor. O estudo apresenta ainda uma estimativa para a elasticidade-renda da demanda por energia elétrica no Brasil. Embora não faça diferenciação de consumidores em termos de renda, encontrou-se uma relação positiva, inelástica e de alta correlação entre a massa salarial das famílias e seu consumo de energia elétrica. Essa informação pode ser empregada para o aperfeiçoamento de estratégias de formulação e avaliação de políticas públicas e setoriais, robustecendo estimativas de ganhos de bem-estar social e de evolução da demanda de energia elétrica em função da elevação da renda das famílias no tempo.
ResumoEste trabalho procura discutir a procedência de críticas levantadas por autores da Nova Economia Institucional à explicação da Cepal para as causas do atraso econômico da América Latina. Argumentamos que o pensamento cepalino não negligencia a dimensão institucional do desenvolvimento econômico, nem tampouco se limita a fornecer argumentos para a adoção de políticas econômicas que reforcem a ineficiência da matriz institucional desses países. Enquanto demonstramos a improcedência dessa crítica, evidenciaremos a proximidade do pensamento cepalino em relação ao institucionalismo econômico, e destarte, a viabilidade da construção de uma agenda comum de pesquisa para essas escolas. Palavras-chave:Conselho Econômico para a América Latina (Cepal); Nova Economia Institucional (NEI); Institucionalismo; Estruturalismo; Teoria da dependência. Abstract The of ideology in economic developmentThis paper aims at discussing the validity of criticism raised by New Institutional Economics against ECLA (or Cepal) explanation of Latin America economic underdevelopment. We shall argue that the cepalista approach neither neglects the institutional dimension of the economic development nor is limited to provide reasoning for the adoption of economic policies that would reinforce the ineffectiveness of the institutional matrix of those countries. While demonstrating that such criticism is misplaced, we shall also emphasize the viability of a common research agenda between ECLA school and economic institutionalism.
Não há viabilidade para o progresso econômico de uma nação no longo prazo sem um conjunto de meios que lhe permitam integrar e aproveitar -de forma racional, flexível e contínua -os recursos distribuídos no seu território. Esses meios, denominados infraestrutura, abrangem todas as matrizes de logística, energia, comunicações, saneamento, saúde, educação e segurança pública que possibilitam a produção de bens e serviços na sociedade.
Esta nota técnica discute os impactos das medidas recentes adotadas pelo governo federal para enfrentamento da crise desencadeada pela pandemia do SARS-Covid para o programa de subsídio tarifário para famílias de baixa renda denominado ‘Tarifa Social de Energia Elétrica’ (TSEE), que compõe uma das políticas sociais custeadas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE é financiada por meio de uma contribuição compulsória que incide sobre todas as faturas de energia elétrica residenciais e industriais do país, constituindo assim um instrumento de subsídio cruzado ao consumo de energia elétrica pelas camadas mais pobres da população brasileira. Os beneficiários desse programa se encontram identificados na base Sistema de Controle de Subvenções (SCS), de propriedade da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que constitui a principal fonte de dados para as análises realizadas neste trabalho.
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