“…Frequentemente, o manejo de medicações é restrito à equipe médica, no entanto, por tratar-se de protocolos instituídos, o enfermeiro deve estar apto a gerenciar a equipe e a prestar o suporte necessário ao paciente, incluindo a administração de tais drogas, de acordo com o que dita o protocolo.Dessa forma, infere-se que, em contextos de simulações clínicas que compitam a discentes ou a profissionais de enfermagem para o atendimento da PCR, o checklist apresentado pode ser adotado para a avaliação de competências clínicas.Para a validação, optou-se por sua realização por um grupo presencial e por outro sem conhecimento do cenário, por e-mail, embora ainda não existam evidências científicas que indiquem esse tipo de comparação para embasar a diferença entre as avaliações, uma vez que a utilização da internet em massa para os processos de validação deu-se a partir da pandemia de Covid-19, que emergiu no Brasil em 2020.No tocante à comparação dos resultados da validação entre os dois grupos de juízes, foi notória a apreciação de mais sugestões de alteração pelo grupo B. Com isso, surge a hipótese de que a esse grupo foi possibilitada a avaliação com mais calma e de modo fracionado, se necessário, por ser um instrumento longo, o que pode contribuir para o aumento da análise crítica, já que eles não teriam um horário delimitado em um único período, como ocorreu com o grupo A.Quando se pensa em processos de validação por grupos presenciais, depreende-se que os juízes devem deslocar-se até um local ou um cenário para que seja oportunizado o encontro para o processo, despendendo tempo e gastos, fato que não ocorre se este for realizado de maneira não presencial, em formato tradicional, com envio de documentação via e-mail. Nesse último formato, supõe-se que o avaliador constrói o seu tempo para a análise da documentação e revisita-o quantas vezes for julgado necessário pelo avaliador.Outra hipótese para a diferença das avaliações é a interferência do tempo de formação e de experiência docente com a utilização da simulação clínica, que foi superior e com menor variância no grupo B, visto que há indicadores científicos que indicam alta relação da experiência com o olhar crítico e clínico(HENG; WEE, 2017;MIELLI et al, 2021).…”