2009
DOI: 10.1590/s0080-62342009000200027
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Violência contra a mulher: contribuições e limitações do sistema de informação

Abstract: RESUMOO artigo tem por objetivo apresentar um breve panorama do sistema de informação em saúde, no monitoramento da violência contra a mulher, analisando em que medida cada fonte de dados pode contribuir para o real dimensionamento do evento e subsidiar o processo de tomada de decisão. Neste sentido, o texto apresenta os avanços e contribuições de cada base de dados oficial existente no setor de saúde, bem como as limitações que ainda persistem pela pouca sensibilidade e especificidade destes sistemas no monit… Show more

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“…The information systems' capabilities need to be further extended to cover issues of gender, race and color as it pertains to violence against women (Okabe and Fonseca, 2009).…”
Section: Discussion: Balance Of Impasses and Breakthroughsmentioning
confidence: 99%
“…The information systems' capabilities need to be further extended to cover issues of gender, race and color as it pertains to violence against women (Okabe and Fonseca, 2009).…”
Section: Discussion: Balance Of Impasses and Breakthroughsmentioning
confidence: 99%
“…Desta forma, a presente pesquisa mostra que a violência se restringiu à agressão física a qual demandou um atendimento médico, tendo, portanto, essas mulheres buscado a unidade de Pronto Socorro, basicamente em decorrência de problemas advindos de lesões geradas a partir de atos violentos deferidos pelo agente agressor normalmente do sexo masculino, reforçada a questão de gênero. [6][7][8] Entre as morbidades resultantes das agressões físicas, em maior quantidade apresentam-se as lesões cortantes, com 24 casos, representando (29,41%), seguidas das demais lesões conforme demonstra Tabela 4. Quanto aos encaminhamentos das vítimas de agressão, em 54 casos (79,42%) não constava na ficha de atendimento para onde essa vítima foi encaminhada.…”
Section: Resultsunclassified
“…Assim, é importante salientar que o monitoramento da violência contra a mulher no setor da saúde no Brasil, se dá a partir dos sistemas de informação existentes relacionados à mortalidade e à morbidade hospitalar das internações via Sistema Único de Saúde (SUS), e através da notificação compulsória da agressão contra a mulher, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). 6,21 Portanto, a identificação de casos de agressão contra a mulher, por meiodos dados epidemiológicos das vítimas, levantados durante o atendimento no setor saúde alimentam o SINAN. Sua utilização permite a realização da caracterização da ocorrência de um evento na população, de modo a fornecer subsídios para identificar as causas dos agravos de notificação compulsória contribuindo para diagnosticar a realidade epidemiológica de cada região, voltado a diversos tipos de notificações, dentre elas a de violência contra a mulher.…”
Section: Resultsunclassified
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“…Esse resultado corrobora dados de pesquisas anteriores que mostram que mulheres se sentem mais expostas à violência pelo estereótipo cultural de fragilidade feminina e por sofrerem mais com a violência nos próprios relacionamentos (Aldrighi, 2004;Kronbauer & Meneghel, 2005 A maior percepção da exposição à violência pode ser produto da experiência vivida de forma direta, experiência vivida de fato pelo indivíduo, ou de forma indireta, quanto maior a identificação com o grupo estigmatizado como mais vulnerável à violência (Cardia, 1999;Cara & Gauto, 2007). É importante destacar que ao evidenciar essa representação social da mulher como exposta ao risco não se desconsidera que há reais violências de gênero que afetam diretamente e indiretamente a percepção da violência contra a mulher (Okabe & Fonseca, 2009). Dados da Fundação Perseu Abramo (2006) demonstram que 33% das mulheres admitem ter sofrido algum tipo de violência física, 27% sofreram violências psíquicas e 11% disseram já ter sofrido assédio sexual.…”
Section: Discussionunclassified