“…evidente escassez de produções durante o período confirma a hipótese de que o tema étnico-racial não compunha interesse dos pesquisadores. Curiosamente, parte desse período foi marcado pela ditadura militar no país.No segundo período ressaltamos também que, o ano de 2018 tem como palco os 130 anos de promulgação da Lei Áurea, sendo este um momento de necessárias reflexões sobre os efeitos de tais legislações na sociedade, fato que nos impulsionou a verificar as produções desenvolvidas nesse período sobre a temática.Nesse período, conforme o quadro 2, registramos o salto significativo nas produções, constatando que o tema em questão inseriu-se lentamente no campo da pesquisa brasileira, apresentando para o descritor "Arte, cultura afro-brasileira e africana" um total de vinte e uma produções cientificas, a qual, em sua maioria, partiu de pesquisadores brasileiros, ambos oriundos de universidades públicas federais.Desse modo, grande parte dos trabalhos pautam suas investigações em escolas públicas, construindo assim, possibilidades de intervenção na prática educativa, De modo geral, as produções selecionadas demonstram um avanço no campo da pesquisa, visto que abordam nuances da arte e cultura afro-brasileira que podem ser traduzidas em práticas curriculares ainda não exploradas em salas de aula, como e o caso da aproximação entre a cultura das duas civilizações: a africana e a brasileira -via museus(SALUM, 2016). Ou na possibilidade de mostrar a ancestralidade e o despertar da consciência para a diversidade cultural e o seu valor (RODRIGUES; SANTOS; ALVES, 2015).…”