Objetivo: analisar a produção do conhecimento, no contexto brasileiro, sobre as evidências relacionadas aos fatores potencializadores e limitadores reconhecidos pelos profissionais de saúde acerca da identificação e manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos em morte encefálica e identificar propostas de intervenções para melhoria deste processo. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida nas bases de dados LILACS, BDENF e na biblioteca SCIELO, durante os meses de abril a junho de 2020. Resultados: O corpus da revisão constituiu-se de 35 artigos, e após análise, identificou-se como fatores potencializadores a competência técnico-científica dos profissionais, a integração da equipe multiprofissional, conscientização, mobilização e sensibilização das equipes para o cuidado. Como fatores limitadores foi evidenciado a insegurança, inexperiência, o desconhecimento, o despreparo técnico e emocional, ausência de protocolos ou guidelines, as deficiências de recursos físicos, materiais, tecnológicos e humanos, a falta de maturidade profissional, pessoal e emocional, e a falta de uma cultura de doação. A educação permanente foi definida como a principal estratégia de intervenção para otimizar o processo. Conclusão: A importância do conhecimento que os profissionais têm sobre o assunto, o trabalho em equipe e a compreensão do significado de sua participação neste processo, assim como estratégias de educação permanente em saúde no ambiente hospitalar são necessários para aprimorar a qualidade da assistência prestada ao potencial doador de órgãos em morte encefálica.