Nas escolas no Campo encontram-se diferentes tipos de agrupamentos e organizações de sala de aula que resistentemente, diante de tantas contingências, proporcionam educação às crianças. A partir do problema de: como são organizados os agrupamentos de multiidade e multisseriação nas escolas no Campo, este texto se propõe investigar como são organizados esses agrupamentos nas escolas no Campo. Com uma natureza exploratória, este estudo se configura como uma revisão de literatura, tendo como aporte teórico textos que discutem o tema visitado, com destaque para os trabalhos de Barbosa e Fernandes (2013), Hage (2011), Janata e Anhaia (2015), João (2018), Oliveira e Oliveira (2017), Prado (2006), Rego (1995). Os agrupamentos de Multiidade no contexto do Campo constituem-se organizações que agrupam crianças com idades diferentes em uma sala de atividade, por conta da pouca demanda em cada nível, insuficiente quantidade de salas de atividade ou docentes disponíveis, dentre outras necessidades, com ausência de uma proposta pedagógica específica e legítima a esse tipo de agrupamento. As classes multisseriadas no Campo ao reunir alunos de diferentes séries escolares em um mesmo espaço físico de sala de aula, também se configura como ajuste/arranjo imposto à prática docente e a aprendizagem discente por conta das contingências existentes nas escolas no Campo. A nucleação, enquanto um modo de organizar, aparece como uma alternativa para auxiliar nessa conjuntura, porém, em muitos aspectos também se configura como uma proposta sem muita consistência pedagógica.
RESUMOA educação infantil, primeira etapa da educação básica, compreende a educação que é ofertada para crianças de 0 a 5 anos. Nesta fase da vida, de desenvolvimento e aprendizagens específicas, há a necessidade de condições materiais e subjetivas singulares para que a criança possa qualificar esse desenvolvimento e aprendizagens de acordo com os estímulos ambientais do contexto que vive. O objetivo desta pesquisa de cunho bibliográfica é investigar como é desenvolvida a prática docente dos professores da educação infantil no campo, levando em consideração o contexto do campo, as especificidades da educação infantil, a formação e a prática dos professores. A pesquisa fundamentou-se em Contreras (2002), Cunha (1989), Franco (2012), Freire (1996, Pérez Gómez (1992), Zabalza (2007) e Documentos Legais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -LDB-9394/96 (2017) dentre outros. Os resultados da pesquisa apontam que as crianças do campo possuem uma realidade diferente das crianças da zona urbana, por causa do seu contexto sócio-histórico-cultural, o que exige educação que as integre, que reconheça as suas especificidades, que valorize os seus conhecimentos prévios e seu ambiente situacional. Yal realidade determina que a prática dos docentes da educação infantil do campo deve ser planejada e intencionada de situações que promovam aprendizagens significativas, mas isso só terá condições de se efetivar com a profissionalização dos docentes, o que inclui formação inicial e continuada fomentadas pela autonomia e emancipação.Palavras-chave: Educação infantil. Educação do Campo. Prática Docente. Formação de Professores.
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