O objetivo deste estudo é descrever e compreender como professores aprendem colaborativamente a fazer a gestão do ensino-aprendizagem da matemática baseado em tarefas exploratórias, tendo como colaboradores colegas e formadores da universidade, e o que aprendem nesse contexto. A pesquisa segue o paradigma qualitativo, sendo adotada a Análise Narrativa Dialógica (AND) para produzir uma compreensão holística e diacrônica do movimento de participação e de aprendizagem dos professores em duas experiências de gestão do ensino baseado em tarefas exploratórias, que têm como objeto de estudo sua própria prática, sendo uma num contexto de grupo colaborativo e outro em contexto de Lesson Study. Os materiais de análise foram: narrativas escritas pelos professores participantes; resoluções dos alunos; e gravações em áudio. Nas AND, ao se narrar analítica e interpretativamente as experiências docentes, são colocadas em evidência os ricos processos de aprendizagem docente e também seus resultados, isto é, os aprendizados ou a produção de conhecimentos profissionais da docência.
Este trabalho analisa os caminhos traçados pelos oito pesquisadores entrevistados de uma dissertação de mestrado (FORNER, 2005), com a finalidade de identificar possíveis sinergias entre o legado de Paulo Freire e tendências em Educação Matemática. Para isso, realiza-se uma busca a partir da leitura do Currículo Lattes de cada um dos oito sujeitos, focando nas teses e dissertações orientadas e defendidas a partir de 2004 (ano em que as entrevistas foram realizadas e transcritas). Como resultado deste estudo, tem-se que, em muitas das pesquisas consultadas, as teorias de Paulo Freire apenas as perpassam (vestígios) e em outras, como as de Modelagem Matemática, Etnomatemática e aquelas embasados na Educação Matemática Crítica, há fortes interligações (imbricações).
Este artigo tem por objetivo descrever e analisar a trajetória de experiências do primeiro autor no uso da Modelagem Matemática em suas aulas, de maneira a evidenciar a aprendizagem e os aprendizados docentes que se revelam nesse processo. Para tanto, são utilizadas, como lentes de leitura e de análise dessas experiências, a análise narrativa, a teoria da aprendizagem situada e os tipos de conhecimentos do professor relativos à prática profissional do ensino. Os resultados deste estudo revelam a pertinência e a relevância de professores e de formadores de professores em serviço, tomarem a própria experiência e a própria prática com Modelagem como objeto de estudo e problematização permanente, e que faz sentido em falar de modalidades alternativas de Modelagem, visto que, para cada situação ou demanda emergente de uma sala de aula, haverá uma Modelagem mais adequada e possível a ser desenvolvida, o que exigirá mais ou menos protagonismo do professor ou dos alunos.
O objetivo deste artigo é evidenciar e discutir possibilidades em elaborar e desenvolver atividades de Modelagem na Educação Básica, quando um currículo prescrito se faz presente. Para tanto, considera-se o que a literatura da área apresenta acerca de alternativas para o desenvolvimento de atividades de Modelagem e, a partir dos dados da investigação do primeiro autor, propõe-se novas possibilidades de elaborar e desenvolver atividades de Modelagem. Em razão do objetivo, a pesquisa é pautada no paradigma qualitativo. Diante disso, pelos resultados é possível vislumbrar o que a comunidade científica da área tem apresentado em suas pesquisas sobre atividades de Modelagem e permite inferir que desenvolver atividades de Modelagem “mais direcionadas” é uma possibilidade de cumprir o currículo de Matemática, de modo a preservar ainda o trabalho com elementos como a criticidade, o diálogo, a investigação e a problematização nas aulas de Matemática.
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