Resumo: Estuda-se, neste artigo, o modo como os livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II, aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático-2014, abordam o ensino de gramática. Para isso, partimos inicialmente da comparação entre a proposta dos manuais quanto ao ensino da gramática e o que se efetivou no livro do aluno, mais especificamente em relação ao tratamento dado ao ensino da oração adjetiva. Propomos, a partir de estudos sobre a descrição funcional da oração adjetiva, verificar como alguns aspectos descritivos podem ser usados no ensino da oração adjetiva, visando o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Para tanto, toma-se como arcabouço teórico as diferentes concepções de gramática propostas em Travaglia (2009Travaglia ( , 2011) e a Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD;MACKENZIE, 2008). O estudo aponta a importância de se enfatizar, no ensino, o papel coesivo estabelecido pelo pronome relativo prefaciador da oração subordinada adjetiva, de se entender a adjetiva explicativa a partir de sua função argumentativa e de se rever a distinção entre os subtipos de orações adjetivas a partir do critério de omissão da oração subordinada. Palavras-chave: Ensino de gramática. Análise de livro didático. Funcionalismo.
Este estudio investiga el uso del reasuntivo en la relativa restrictiva y tiene el objetivo deverificar la influencia del factor «distancia» en la movilización de esa marca formal. Desde la perspectiva teórica emergentista, la distancia se refiere al mayor coste de la memoria de trabajo en la resolución de la «dependencia relleno-vacío», teniendo como parámetro para el cálculo la distancia entre el núcleo y el vacío léxico dentro de la relativa. Se investiga la hipótesis de que cuanto mayor la distancia entre el núcleo y el vacío, mayor el grado de dificultad de procesamiento de la relativa. Los datos, seleccionados del proyecto Preseea (Proyecto para el Estudio Sociolingüístico del Español de España y de América), comprenden seis variedades del español y se analizan cuantitativa y cualitativamente. El análisis comprueba que la distancia motiva el uso del reasuntivo, que funciona como un «facilitador» en el proceso de comprensión, disminuyendo el coste para la memoria de trabajo.
Esta investigación estudia los elementos de retoma en la oración relativa que se presenta en la lengua española. Estudios previos apuntan a la influencia de diversos factores para el uso del elemento de retoma en la cláusula relativa (relativa no restrictiva, núcleo indefinido, atribución de función pragmática, relativización de la posición sintáctica de objeto directo). Aquí se investiga la influencia de esos factores para el uso del reasuntivo, a partir de una perspectiva funcionalista que comprende el componente gramatical como constituido por los niveles pragmático, semántico, morfosintáctico y fonológico, estructurados jerárquicamente de modo descendente. Para eso se seleccionan datos de seis variedades del español, extraídos del PRESEEA. Por medio de un análisis cuantitativo y cualitativo, se comprueba que el reasuntivo puede ser una marca morfosintáctica de la codificación de la relativa no restrictiva y puede ser soporte a la atribución de función pragmática en las relativas de sujeto.
Este trabalho estuda o modo como livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Médio, aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático-2015, propõem o ensino da oração subordinada adjetiva. Vários pesquisadores (Bagno, 2011; Neves, 2011; Travaglia, 2009, 2011) abordam a questão do ensino de gramática, problematizando o ensino mecanicista e tradicional de identificação e classificação de unidades linguísticas (morfológicas e sintáticas). Esses autores defendem a articulação da gramática com o ensino das habilidades leitora e escritora, de modo que os recursos linguísticos sejam estudados na mobilização de efeitos de sentido na construção textual. A escolha do corpus, portanto, foi determinada pela proposta de ensino de gramática explicitamente declarada nos manuais para o professor (parte anexa ao livro didático), segundo a qual os recursos linguísticos são subsidiários ao ensino da leitura e da escrita. Parte-se, inicialmente, da comparação entre a proposta dos manuais quanto ao ensino da gramática e o que se efetivou no livro do aluno, mais especificamente em relação às propostas para o ensino da oração subordinada adjetiva. A seguir, a partir da descrição funcional da oração subordinada adjetiva (Câmara, 2015), que tem como base a Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld e Mackenzie, 2008), verifica- se como alguns aspectos descritivos podem ser subsidiários ao ensino da oração subordinada adjetiva, visando ao desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. A justificativa para a escolha desse suporte teórico está no fato de que a gramática está estruturada de modo hierárquico e descendente em níveis e camadas de análise linguística, sendo que as unidades pragmáticas determinam as unidades semânticas, que, por sua vez, determinam as unidades morfossintáticas, que, por sua vez, determinam as unidades fonológicas. Os dados demonstram que ainda permanece, nas propostas de ensino da oração subordinada adjetiva, em livros didáticos de Ensino Médio, um ensino de gramática que enfoca principalmente o domínio de nomenclatura, de metalinguagem e de regras da gramática normativa. Não se realiza uma reflexão dos recursos linguísticos, a partir de textos autênticos, com o objetivo se entender como os efeitos de sentido são produzidos. Por outro lado, esses materiais apresentam uma visão diferente da tradicional ao considerar aspectos pragmáticos na concepção da oração adjetiva explicativa.
Este estudo investiga o tratamento conferido às orações subordinadas adverbiais concessivas em livros didáticos de Ensino Médio, aprovados no Programa Nacional do Livro Didático. Partindo-se de uma perspectiva contextualizada de ensino de gramática, em que os recursos linguísticos devem ser estudados a partir dos sentidos que produzem no texto, analisa-se se o texto é usado como contexto ou como pretexto para o ensino de gramática. Além disso, verifica-se se os livros didáticos caracterizam as concessivas a partir de aspectos pragmáticos, semânticos, morfossintáticos e fonológicos, ou se atêm à classificação semântica e morfossintática. Os resultados demonstram que normalmente o texto está presente, mas serve para a discussão de aspectos interpretativos, e não para a reflexão sobre o papel da concessão na produção dos sentidos. Ademais, predominam no tocante à oração subordinada concessiva aspectos semânticos e morfossintáticos, não se atentando para as propriedades pragmáticas e fonológicas da concessão. Defende-se aqui que o ensino da oração concessiva poderia ampliar seu escopo ao considerar as contribuições da análise discursivo-funcional da língua portuguesa.
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