Introdução: O câncer de mama em mulheres com idade inferior a 40 anos e incomum. Entretanto, nessa população, a doença cursa, em geral, com pior prognostico. Objetivos: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de mulheres jovens diagnosticadas com cancer de mama no Brasil e comparar as características clínicas entre mulheres com idade inferior a 34 anos e aquelas entre 35 e 39 anos. Método: Estudo transversal dos casos analíticos de câncer de mama em mulheres de 18 a 39 anos, inseridos no Módulo Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer e no Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo, entre 2000 a 2009. Foi realizada a análise descritiva das variáveis. Resultados: Foram incluídos 12.689 casos. A idade mediana foi de 36 anos, a maioria das mulheres possuía ensino médio (32,3%) e era proveniente do Sistema Único de Saúde (74,6%). O estadiamento avançado (≥IIB) foi registrado em 62,8% dos casos e, ao final do primeiro tratamento, 44,4% das pacientes encontravam-se sem evidencia da doença. Mulheres muito jovens apresentaram mais frequentemente tamanho do tumor >2cm, status dos linfonodos positivo, presença de metástase, estadiamento clínico avançado (≥IIB) e ausência de resposta terapêutica ao primeiro tratamento. Conclusão: No Brasil, mulheres jovens com câncer de mama apresentam estadiamento avançado ao diagnostico. Aquelas muito jovens (<35 anos) apresentam doença ainda mais avançada e pior resposta terapêutica que aquelas entre 35 e 39 anos.
O rabdomiossarcoma (RMS) é um tumor de provável origem embrionária mesenquimal, derivado de células progenitoras do músculo esquelético, com patogênese ainda indeterminada.1 É uma neoplasia muito prevalente na pediatria, correspondendo até 50% dos sarcomas e chegando ao terceiro tumor sólido mais comum nesta população. Trata-se, no entanto, de tumor raro entre adultos, correspondendo a menos de 4% de todos os sarcomas.
O carcinoma neuroendócrino tireoidiano calcitonina-negativo com componente anaplásico é um tumor extremamente raro com poucos casos descritos na literatura. Descrevemos um caso de uma paciente admitida no Hospital Santa Izabel por massa tireoidiana, submetida à ressecção cirúrgica cujo anatomopatológico demonstrou carcinoma neuroendócrino de tireoide com componente anaplásico. Tumores neuroendócrinos na glândula tireoide são incomuns. O diagnóstico diferencial geralmente inclui carcinoma medular da tireoide, paraganglioma e metástases. Existem poucos relatos de carcinomas neuroendócrinos primários da tireoide calcitonina-negativo. O carcinoma anaplásico tireoidiano é um tumor indiferenciado do epitélio folicular, extremamente agressivo e com taxa de mortalidade próxima a 100%, com sobrevida mediana de três a sete meses após o diagnóstico. A paciente deste caso segue clinicamente bem e sem evidência de doença após 30 meses do início dos sintomas. Trata-se, assim, de uma apresentação atípica desta neoplasia tireoidiana, que infere um maior predomínio do componente neuroendócrino em relação ao anaplásico e mediante raridade não há diretrizes quanto ao prognóstico e tratamento.
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