Este estudo teve como objetivos comparar a frequência de envolvimento parental, entre pais e mães, e investigar a relação entre a frequência de envolvimento parental, a competência social e o desempenho acadêmico de crianças escolares. Participaram do estudo 12 casais, sendo eles pais de alunos de 2ª série do ensino fundamental, e três professoras dessas crianças. Os casais preencheram o questionário “Avaliação do envolvimento parental” e, para avaliar o repertório de habilidades sociais, os problemas de comportamento e o desempenho acadêmico das crianças, as professoras responderam ao Social Skills Rating System (SSRS – Versão para professores). Foram efetuadas análises estatísticas descritivas, teste-t e de correlação de Pearson. Cinco dos 41 itens avaliados sobre o envolvimento parental as mães realizavam mais frequentemente que os pais. Quanto maior a frequência da participação dos pais nas atividades escolares, culturais e de lazer dos filhos, maior o desempenho acadêmico das crianças. A frequência da participação das mães nas atividades escolares, culturais e de lazer dos filhos estava negativamente correlacionada com o índice de problemas de comportamento externalizantes e positivamente correlacionada com o repertório de habilidades sociais das crianças. Por fim, a comunicação entre mãe e filho estava positivamente correlacionada com o repertório de habilidades sociais das crianças
As práticas educativas utilizadas pelos pais podem contribuir tanto para a instalação e manutenção de problemas de comportamentos como de comportamentos socialmente adequados apresentados por crianças. As habilidades sociais educativas têm sido apontadas como tendo forte relação com os comportamentos apresentados pelas crianças, sendo um indicativo de boas práticas educativas. Diante disso, os objetivos do presente estudo foram: (a) comparar as habilidades sociais educativas entre pais de crianças que possuem atraso no desenvolvimento e crianças que não possuem atraso no desenvolvimento; (b) comparar os problemas de com¬portamento entre os grupos de crianças e (c) examinar as relações existentes entre as habilidades sociais educativas paternas e os problemas de comportamento infantil. Participaram do estudo quarenta pais, sendo quatorze pais de crianças com atraso no desenvolvimento (G1) e 26 pais de crianças sem indicação de atraso no desenvolvimento (G2). Os pais responderam ao Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P) e ao Strenghts and Difficulties (SDQ) para avaliar os comportamentos infantis. Averiguou-se que pais de crianças sem atraso no desenvolvimento apresentam melhor repertório de habilidades sociais educativas do que os pais de crianças com atraso no desenvolvimento. Em relação aos comportamentos infantis, os resultados mostraram que crianças com atraso no desenvolvimento apresentam mais problemas de comportamento do que crianças sem atraso. Além disso, notou-se que as habilidades sociais educativas dos pais se correlacionam negativamente aos problemas de comportamento das crianças, se constituindo como um fator de proteção ao desenvolvimento infantil.
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