O objetivo deste trabalho foi o de estudar o impacto da contaminação do meio ambiente decorrente de resíduos produzidos e mal armazenados dos materiais odontológicos que contem mercúrio. Dentre as principais fontes de contaminação do meio ambiente no consultório odontológico o de grande destaque é o amalgama dental que possui mercúrio em sua composição, no qual a porcentagem de mercúrio vária de 43 % a 53 %. Descartes inadequados dos resíduos de amálgama dentário contribuem para a contaminação dos compartimentos ambientais possibilitando tanto uma exposição ocupacional quanto ambiental pelo mercúrio. O metilmercúrio entra na cadeia alimentar através da rápida difusão e forte ligação com as proteínas da biota aquática, atingindo sua concentração máxima em tecidos de peixes do topo da cadeia alimentar aquática devido à biomagnificação. Sintomas como cansaço, depressão, irritabilidade, vertigens, enfraquecimento da memória, inflamações bucais, diarreia, perda de apetite e catarro crônico foram identificados em pacientes com restaurações em amalgama. Foi realizado cálculos estimando que para cada obturação houve descarte de 0,3 g de mercúrio. Supondo que um dentista clínico confeccione 30 obturações de amálgama por mês, chegou-se a valores impactantes. Esse dentista produziria 18 g de resíduos de amálgama por mês e 216 g por ano, o que significa 9 g de mercúrio mensais e 108 g de mercúrio descartados no meio ambiente em um ano. Projetando esse valor para 10 anos, serão 1.080 kg (1,08 toneladas) de mercúrio despejados no meio ambiente como resíduos de obturações de amálgama confeccionadas por apenas 1.000 dentistas. Usualmente, recomenda-se o armazenamento dos resíduos de amálgama em recipientes bem tampados contendo água, solução fixadora de radiografias ou glicerina em seu interior, sendo essa última substância a mais eficiente na contenção dos vapores de mercúrio provenientes dos resíduos. Posteriormente, esses resíduos devem ser encaminhados para reciclagem. O fato de o mercúrio ser um dos metais com um forte poder acumulativo nos seres vivos leva-o a ser um potente agente para contaminação ocupacional e ambiental. O seu uso em consultórios odontológicos devem ser de extremo cuidado, principalmente no momento de armazenamento das sobras e do descarte deste material. Deve ser evitada a remoção desnecessária das restaurações em amalgamas. E preferir o emprego das resinas fotopolimerizáveis em restaurações que sejam favoráveis ao uso destas.
O mercúrio é um composto metálico em forma líquida na temperatura ambiente, com uma expansão volumétrica presente em ampla faixa de temperatura, com alta tensão superficial e não adere a superfícies vítreas. Estas características levam a aplicação deste material em aparelhos de medição de pressão e temperatura, Também tem uma facilidade de formação de amálgamas com aplicação na metalurgia, odontologia, processos extrativos outros metais. Porém este produto tem uma grande toxicidade que pode prejudicar a saúde do homem e o meio ambiente. Existem vários meios de contaminação do meio ambiente pelo mercúrio. Um dos principais meios é a contaminação com os resíduos de amálgamas, advindos de consultórios odontológicos, descartados como lixo comum ou pelos ralos do sugador do consultório. O tratamento clássico para pequenas quantidades de mercúrio elementar envolve a aspiração com capilar conectado a uma bomba para coleta das gotas, a adição de polissulfato de cálcio ou enxofre em excesso para passivação do mercúrio e, em seguida, recuperação ou disposição final. A disposição pode ser feita em aterro apropriado ou, preferencialmente, através do encapsulamento (cimentação ou vitrificação). A maioria dos processos de tratamento de resíduos de compostos contendo mercúrio baseia-se na simples transferência de fase deste metal, para que se possa proceder a disposição final, o que ratifica a importância de alternativas que visem o reuso e reciclo. Este artigo tem o objetivo de apresentar métodos de tratamento dos resíduos que contenham mercúrio para a diminuição de sua toxicidade ao homem e ao meio ambiente.
Esta revisão de literatura tem como objetivo a análise dos compostos do alginato, um material de moldagem de uso comum na prática odontológica por ser barato, de fácil manipulação e boa capacidade de reprodução de detalhes. Ele tem em sua composição muitas substâncias como zinco, cádmio, silicato de chumbo e fluoretos que foram adicionadas em várias marcas de alginatos com o objetivo de melhorar suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Porém se tornaram causa de preocupação no que se refere á toxicidade desses materiais e suas consequências. É necessário que haja um controle contínuo de metais e substâncias potencialmente tóxicas nos alginatos para se evitar a contaminação dos profissionais da área odontológica, dos pacientes e, sobretudo a contaminação do ambiente. O alginato para uso odontológico contém vários componentes, com diferentes finalidades, assim, a terra diatomácea e o óxido de zinco atuam como carga, influenciando as propriedades físicas e o tempo de presa do gel, o sulfato de cálcio é empregado como ativador da reação e os fluoretos, como fluoreto de titânio, são acrescentados à fórmula como aceleradores de presa e ainda asseguram que a superfície do gesso quando vazado sobre o molde tenha dureza e densidade adequadas. O cádmio é um poluente que causa preocupação mundial, devido a sua elevada toxicidade mesmo em concentrações muito baixas, como também pela sua meia vida longa nos seres humanos, numa variação de 10 a 30 anos. Também pode ser armazenado durante longo período em vários tecidos do organismo como coração, baço, testículos e pâncreas. Esse metal provoca malformações fetais, alterações no sistema nervoso, perturbações do metabolismo do cálcio, que podem se manifestar como osteoporose, osteomalácia e a doença "itai-itai", se existirem deficiências nutricionais. Devido a presença de metais pesados na composição dos alginatos o seu uso deve requerer algumas precauções, assim essa revisão tenta alerta do perigo desses materiais para o meio ambiente, tentando abrir os olhos da comunidade odontológica, para que haja uma atenção especifica para a manipulação e descarte desse material.
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