Esta pesquisa identifica de que maneira o empreendedorismo pode colaborar com o público usuário das políticas públicas de assistência social no município do Rio de Janeiro. Apresenta o empreendedorismo como elemento de mudança de trajetórias de vida por meio do desenvolvimento da autonomia, a partir de estímulos as potências dos indivíduos e suas famílias.Trata-se de um estudo comparativo baseado na reaplicação do modelo de regressão linear anteriormente desenvolvido com uma amostra dos beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida no mesmo município. O questionário foi reaplicado com os beneficiários vinculados aos Centros de Referência de Assistência Social que permitiu analisar a variação entre amostras de uma mesma população, além de investigar a confiabilidade do modelo, a relevância de seus achados e a capacidade de generalização de suas conclusões.Espera-se, com isso, promover uma discussão sobre as principais questões que geram a necessidade de atendimento desse público e uma melhor compreensão sobre as variáveis que compõem o perfil desse empreendedor, de modo que seja possível avaliar a pertinência da promoção de ações que estimulem o empreendedorismo.A partir do questionamento sobre como o empreendedorismo pode colaborar com o desenvolvimento social, chegamos às duas hipóteses: H1: O público alvo das políticas públicas de assistência social apresenta perfil empreendedor; H2: Características que dificultam o acesso ao mercado de trabalho são menos relevantes para o desenvolvimento de atividade empreendedora.Foram aplicados 293 questionários, considerando amostragem probabilística com pessoas que acessaram esses serviços na data de aplicação dos questionários e se voluntariaram a participar. Para permitir as generalizações, combinou-se a literatura de empreendedorismo com a discussão de construtos que permeiam à assistência social.Concluiu-se que o empreendedorismo pode ser uma alternativa válida para ajudar a superar limitações decorrentes da desigualdade social, desenvolvendo autonomia e gerando emprego e renda a partir do território.
Os preços dos imóveis em metrópoles das economias emergentes forçam o estabelecimento conjuntos habitacionais populares em bairros que se situam longe das principais áreas comerciais. Além disso, os moradores enfrentam desafios de sobrevivência aprofundados por sua baixa escolaridade e baixa renda. A pesquisa, baseada na implementação de um projeto de educação empreendedora, propõe que o empreendedorismo pode ser um meio importante para mitigar os desafios sociais, representando uma poderosa força de transformação política, econômica e social, aplicável aos ambientes de habitação popular. Portanto, por meio de pesquisa-ação, os autores realizaram um diagnóstico do perfil empreendedor e posteriormente dos negócios gerados entre os moradores do “Programa Minha Casa Minha Vida” no Rio de Janeiro. O trabalho de campo incluiu a observação participante e a coleta de dados documentais, que foram realizados paralelamente às ações de educação empreendedora, as quais atingiram 920 moradores, gerando 490 modelos de negócios, sendo que após seis de sua implementação, 59% das famílias relataram que sua principal fonte de renda provinha desses novos negócios.
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