Embora a astronomia seja considerada uma das ciências mais antigas da humanidade e ainda que a compreensão de seus conceitos tenha trazido enormes avanços para a Ciência e, consequentemente, para a sociedade, observa-se que uma parcela significativa de pessoas encontra-se à margem desses conhecimentos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica, cabe à escola a difusão dos conceitos cientificamente corretos, entre eles os relacionados à área de astronomia. Pertinente a essa questão, apresenta-se uma pesquisa realizada com 140 estudantes do nono ano do ensino fundamental e com 120 estudantes da terceira série do ensino médio de quatro escolas da região de Passo Fundo/RS. Buscou-se averiguar, por meio de um questionário composto de questões abertas e de múltipla escolha, o conhecimento desse grupo de estudantes acerca de termos e fenômenos astronômicos básicos e, também, verificar se o índice de acertos cresce à medida que eles avançam nas diferentes e gradativas séries dos ensinos fundamental e médio. De modo geral, os resultados apresentados demonstram que o ensino de astronomia na educação básica enfrenta deficiências. Das 20 questões investigadas, em 17 os índices de acertos são semelhantes nas respostas dadas por estudantes de nível fundamental e médio, revelando que muitas concepções equivocadas permanecem ao longo da educação básica. Isso evidencia que tais temas não são – ou são pouco – abordados durante esses dois níveis de escolarização. Assim, conclui-se que a discussão dos conceitos relacionados com a astronomia deve receber maior ênfase na abordagem dos diferentes conteúdos, sendo necessária uma ação nacional em prol do seu ensino. Acredita-se que essa ação nacional deve estar apoiada em um pilar triplo de atores coletivos: comunidade científica, comunidade astronômica semiprofissional e comunidade escolar. Por fim, esse pilar seria a base para futuras discussões relacionadas à atuação dessas instâncias como meio de promover mudanças ativistas na estrutura curricular, proporcionando, mais efetivamente, a educação em astronomia no ensino básico.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n1p292Este trabalho constitui-se no relato da realização de uma atividade experimental envolvendo o conteúdo de condução de calor. O principal objetivo é servir como material de apoio para que professores, tanto de Ensino Médio como de Ensino Superior, possam reproduzir a experiência com os seus alunos. Primeiramente foram feitas algumas considerações importantes sobre o fenômeno de transmissão de calor por condução. Na sequência, foi apresentada uma proposta de roteiro para a construção do equipamento com materiais alternativos e de baixo custo. A realização da atividade experimental foi dividida em duas partes: na primeira, foram utilizados termômetros convencionais para a realização das medidas de temperatura; na segunda, foram inseridos os sensores de temperatura e a placa Arduino, e o experimento foi assistido pelo PC. Por meio dessas atividades, foi possível perceber as vantagens e limitações do uso dessas tecnologias na realização do experimento, assim como fazer uma projeção do emprego desse método para outros experimentos envolvendo medidas de temperatura.
Resumo Saviani (1996) lembra que a educação, de maneira geral, pode ser entendida como o processo pelo qual são transmitidos aos indivíduos conhecimentos e atitudes necessários para que eles tenham condições de se integrar à sociedade. Essa integração não significa apenas o domínio puro e simples dos conhecimentos, mas, sim, o seu entendimento, também sob o ponto de vista filosófico, no qual educação e sociedade estão vinculadas, uma influenciando a outra. Perante esse modo de ver a educação, entende-se que o ensino de Ciências, e, neste caso específico, o de Física, precisa ser redimensionado, iniciando-se por uma real e efetiva proposta curricular, que o torne objeto de estudo, desde as séries iniciais, até o final do ensino médio e, ainda que os currículos e as metodologias de ensino sejam renovados, ultrapassando a visão de disciplina vinculada à memorização de nomenclaturas e a listas intermináveis de fórmulas. Esta nova concepção faz-se tão necessária quanto urgente, uma vez que o sistema educacional brasileiro, em particular o ensino de Ciências (Física), encontra-se em vias de colapso, deixando clara a inviabilidade de continuar privilegiando a transmissão dos saberes e o acúmulo de informações que a escola privilegiou durante tanto tempo.
Apresenta-se neste artigo o resultado de uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2013 junto a um grupo de 80 sujeitos de diferentes níveis de instrução. Nesta pesquisa, buscou-se averiguar os acontecimentos terrestres que esse grupo de pessoas atribui ao fenômeno das fases lunares. Como instrumento de coleta de dados, foram empregadas entrevistas semiestruturadas guiadas por questões que buscavam manter a atenção dos entrevistados no objeto de investigação. As entrevistas foram gravadas e transcritas, e os resultados, após serem analisados quanti e qualitativamente, foram confrontados com estudos científicos da área. Os dados da pesquisa demonstram que a Lua e suas fases continuam fascinando e despertando o interesse da população. No entanto, a falta de conhecimentos para proferir explicações corretas relativas aos fenômenos que ocorrem com o astro acaba originando uma série de crenças na população sobre sua influência nos acontecimentos terrestres.
ResumoO presente artigo compreende a descrição do processo de construção de um equipamento didático robotizado e a apresentação da proposta didático-metodológica para a abordagem dos conceitos introdutórios da cinemática no ensino médio. O dispositivo móvel robotizado foi projetado e construído utilizando materiais de baixo custo, de fácil aquisição e manutenção pelas escolas, sendo acompanhado por um programa de software livre denominado "Scratch". O estudo associa equipamentos tecnológicos de uso cotidiano com uma proposta didática estruturada para explicitar momentos de evocação do pensamento metacognitivo, ambos tidos como potencializadores da aprendizagem em Física. Este texto limita-se a descrever a construção do dispositivo e a apresentar sugestões de uso metodológico, remetendo a validação a outro artigo. Nesse sentido, são destacados, no presente estudo, aspectos concernentes à construção e à estruturação do dispositivo, bem como aos pressupostos teóricos da proposta didática. Como resultado, ao mostrar um dispositivo de fácil construção, o estudo evidencia que o uso de novas tecnologias no ensino está mais relacionado com a concepção epistemológica do professor do que com questões de natureza financeira. Em termos da proposta, o estudo revela a necessidade de que todo o produto educacional esteja vinculado a pressupostos teórico-metodológicos e, nesse contexto, ressalta o uso da metacognição como favorecedora da aprendizagem e seus benefícios enquanto mecanismo que possibilita o aprender a aprender.Palavras-chave: ensino de Física; robótica educativa livre; metacognição. AbstractFree educational robotics in physics teaching: from building the robot to creating a didactic proposal of metacognitive orientationThe present article describes the process of building a robotic didactic device, and presents the methodological-didactic proposal to discuss the introductory concepts of kinematics in high school. The mobile robotic device was designed and built using low cost materials that were easy to find and be maintained by schools, and it came with a free software program named
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.