This research project is focused on the development of an innovative methodology for the preparation benzylamide stationary phase, bonded onto silica surface. It involves the preparation of the stationary phase with benzoyl chloride and 3-aminopropyltrimethoxysilane and also the characterization by NMR-29Si , NMR-13C, IR and Elementary Analysis. The NMR-29Si spectrum of modified silica indicated the formation of siloxane bonding of the trialkoxysilane group with the silica, the IR spectra of stationary phase showed bands typical of aromatics and secondary amides. Analysing the NMR-13C spectra was possible to recognize all the carbons from the structure of the benzylamide stationary phase.
E ste não é um romance de leitura serena e repousada. Torto Arado é a janela para um Brasil gigante, do qual se fala pouco, mas que carrega em si profundos ensinamentos e as mais marcadas violências. O livro conta a história daqueles que têm afeto pela terra e que dela compartilham seu trabalho, seu alimento e sua cor. Localizada na região da Chapada Diamantina, no interior do Estado da Bahia, a obra de Itamar Vieira Junior acompanha a vida de trabalhadoras e trabalhadores rurais descendentes de pessoas escravizadas que "vivem de morada" nas fazendas de outros e, naquele local, criam raízes. Sem nunca explicitamente revelar em que período se passa a história, o autor constrói a narrativa dando pistas para o leitor sobre o tempo das coisas. Ele fala de acontecimentos históricos e de locais, da sazonalidade da natureza, das datas de nascimento e das festividades da religião Jarê. Em um tempo sem tempo, o autor cuidadosamente consegue passar a atualidade das opressões vividas pela população negra rural e a construção histórica da luta contínua pelo direito à terra. E, assim, nos apresenta a mais fina "literatura como experiência antropológica" 1 .Publicada pela editora Todavia em 2019 2 , Torto Arado é, até o momento, a obra de maior destaque 3 do escritor baiano. Sua atuação como funcionário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e seu doutoramento em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia contribuíram de maneira significativa para a escrita do romance. A escolha pela literatura, segundo Itamar, se dá na tentativa 1 Conforme propõe Itamar Vieira Junior no artigo "Elogio à literatura", para a Revista Pessoa, "[...] tenho pensando a literatura como uma experiência antropológica, mas de uma antropologia conforme proposta por Tim Ingold, que, por sua vez, se inspirou na filosofia de Deleuze e Guattari, como um debruçar sobre os devires humanos na trama do mundo. Uma arte com ênfase na vida e no seu devir, com capacidade sempre renovada de transpor as destinações que lhe são dadas, ou seja, sempre se transformando". Informação disponível em: https://www.revistapessoa.com/ artigo/3069/elogio-a-literatura. Acesso em: 2 jan. 2021. 2 Romance foi vencedor do prêmio LeYa, em 2018, e dos prêmios Jabuti e Oceanos, em 2020. 3 Entre as principais obras de literatura de Itamar Vieira Junior, destaque para os contos: Dias (2012), Vencedor do Concurso XI Projeto de Arte e Cultura, e A Oração do Carrasco (2017), vencedor do Prêmio Humberto de Campos da União Brasileira de Escritores.
No ano de 2015, em um contexto de fechamentos de escolas rurais e de discussão local sobre educação, comunidades tradicionais do Vale do Ribeira (quilombolas, indígenas, caiçaras, caboclos, ribeirinhos, etc.) foram protagonistas no ciclo de audiências públicas sobre educação escolar diferenciada que ocorreu na região. As principais falas se organizaram em torno de reivindicações por uma educação escolar diferenciada, e de denúncias sobre problemas infraestruturais, transporte, merenda, etc., que atingem diariamente os alunos e comprometem a permanência das comunidades na região. Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma etnografia das videogravações deste ciclo de audiências públicas e analisar o papel mobilizador destes encontros. Propõe-se, portanto, examinar os repertórios, em especial a cultura, história, território e identidade, como intrumentos políticos de reivindicação, bem como as questões demandadas, e as trocas entre os diversos atores. Ademais, visando dar continuidade e alcance ao processo de divulgação das denúncias e questionamentos feitos pelos interlocutores, este trabalho objetiva elaborar de um mapa interativo (ArcGis), que permite agregar informações escritas, vídeos e fotos ao mapa para compartilhamento online.
No ano de 2015, em um contexto de fechamentos de escolas rurais e discussão local sobre educação, populações tradicionais do Vale do Ribeira-SP (quilombolas, indígenas, caiçaras, caboclos e ribeirinhos) foram protagonistas no ciclo de audiências públicas sobre educação escolar diferenciada que ocorreu na região. As principais falas se organizaram em torno de reivindicações por uma educação escolar diferenciada e de denúncias sobre problemas infraestruturais, de transporte, merenda, etc. que comprometem a permanência dos alunos. Assim, visando contribuir para o processo de divulgação das falas e diagnósticos apresentados pelas comunidades e analisar os formatos de tal mobilização, busco explorar neste artigo as audiências públicas. A preocupação recai em apresentar as potencialidades e limitações registradas neste formato de participação coletiva para a construção de uma narrativa de luta.
Com Covid-19, o tempo do alimento ficou em evidência diante do risco da perda de parte da produção das roças quilombolas do Vale do Ribeira com o cancelamento de projetos ligados ao PNAE. Nesse cenário, a renda de quilombolas e caiçaras se viu afetada, e ações criativas foram necessárias. Para isso, parceiros auxiliaram na criação de um “consórcio de doações” junto à cooperativa local (Cooperquivale), que, com o dinheiro arrecadado, pagou pelo alimento e seu transporte, destinado à periferia de São Paulo. O objetivo aqui é olhar para essa experiência de resistência e formação de alianças para o enfrentamento de dificuldades e fome em meio à crise pandêmica a partir da roça quilombola. A doação de alimentos da roça está para além de uma ação solidária, diz sobre conhecimentos ancestrais e segurança alimentar. Trata-se de uma estratégia que traz à tona temporalidades, memórias e afetos, e compõe mais um passo na manutenção da vida e na construção de possibilidades de futuros em comum.
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