RESUMO Este estudo teve como objetivo descrever os caminhos percorridos por transexuais, visando conhecer seus itinerários na busca por atendimento às suas necessidades e demandas em saúde. Como percurso metodológico, realizou-se um estudo exploratório com abordagem qualitativa, tendo por referência teórica os Itinerários Terapêuticos (IT). Foram realizadas entrevistas com sete transexuais. A partir dessas, foi possível identificar alguns marcos nos IT dos(as) entrevistados(as), tais como o ‘reconhecimento como trans’ e a ‘rede de cuidados em saúde: em busca da modificação corporal’. Acredita-se que este estudo permitiu dar visibilidade à trajetória de pessoas transexuais, considerando suas vivências, seus conflitos e dificuldades para conseguirem alcançar sua identidade de gênero. Além disso, foi possível perceber como a transexualidade é, ainda, uma condição não vista por profissionais de saúde e gestores da Rede de Atenção à Saúde, como também por parte de pessoas do convívio social. Isso sinaliza para a importância deste estudo em pelo menos três aspectos: social, político e de saúde.
Resumo O artigo analisa o processo de construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, com vistas a reconhecer a participação dos diversos agentes sociais na formulação dessa política pública. Para tanto, busca identificar os eventos que precederam a construção do documento, as estratégias utilizadas para promover a participação dos diferentes grupos de interesse e os mecanismos para pactuação e tomada de decisão. Foram analisados documentos institucionais, referências acadêmicas, e realizadas entrevistas com agentes participantes do processo. Identificou-se que a intenção da política surge a partir da atuação da Sociedade Brasileira de Urologia. O Ministério da Saúde aproximou do processo político outros agentes, mas a leitura biomédica manteve-se predominante. A forma de participação dos agentes pautou-se na transmissão de conhecimento, com pouco espaço para o enfrentamento de conflitos na construção da política, apesar de o documento final ser divulgado como expressão de consensos. Houve silenciamentos das contradições e disputas que permearam a definição de saúde do homem.
Trata-se de um estudo de caso qualitativo que discute o trabalho no contexto do Sistema único de saúde e como seus princípios se operam no cotidiano dos serviços que compõem sua rede hierarquizada. Objetivou compreender integralidade, equidade e resolutividade nas ações cotidianas de gestores e profissionais de saúde em Belo Horizonte-MG. Constatou-se que "cuidado como fazer cotidiano" e "acolhimento, vínculo e acesso" foram temas incorporados pelos profissionais no desenvolvimento do seu trabalho. A partir dos resultados, percebeu-se uma interposição das situações de urgência e emergência em detrimento das atividades programadas. Além disso, a administração desse processo de trabalho é direcionada pelo conhecimento técnico-estruturado interferindo na qualidade da assistência à saúde. Nesse sentido, o processo de produção do cuidado deve ser pensado em seu microespaço, ressaltando-se o acolhimento, o estabelecimento de vínculo e a responsabilização no sentido de se garantir uma rede de cuidados pertinente e acessível àqueles que necessitem transitar por ela. É preciso que se eliminem as fragmentações presentes tanto na forma de organização dos serviços de saúde quanto nas práticas cotidianas dos profissionais, para se oferecer uma assistência integral, resolutiva e para se humanizarem essas práticas, visando sempre à qualidade de vida da população e à saúde enquanto direito de cidadania.
, tem como proposta, a reorganização da Atenção Básica com base nas necessidades de saúde dos usuários desses serviços, por meio de ações intersetoriais e com a participação da população. Essa proposta pode estar clara para gestores e profissionais de saúde; porém é preciso que a população se envolva com ela para que sua participação se efetive. Dessa forma, este artigo objetiva apreender as representações sociais de usuários sobre a Estratégia Saúde da Família. O estudo foi realizado com usuários de uma Unidade Básica de Saúde do município de Belo Horizonte, MG, e teve como abordagem a pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Ressaltamos que os usuários ainda não conhecem suficientemente o Programa Saúde da Família, mas apresentam noções relacionadas ao que vivenciam, em função do atendimento que lhes propiciam os profissionais de saúde. Tais representações podem contribuir para o entendimento de suas expectativas quanto à estratégia proposta e ser compreendida como início de sua real participação, visando à construção do atual modelo de saúde.
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