Apesar dos desafios para seu desenvolvimento, a transição energética é crucial não somente para se atingir a segurança energética e diminuir a dependência energética em regiões instáveis politicamente, mas – sobretudo pós-pandemia – para se cumprirem as metas estabelecidas na Agenda 2030. Nesse contexto, os países considerados desenvolvidos são fundamentais na trajetória para uma transição energética global segura, e os países do BRICS também adquirem inquestionável relevância: pela representatividade econômica, ambiental e social que detêm, estes Estados estão no centro de gravidade da produção e do consumo de energia. Nessa conjuntura, cabe inquirir como as principais economias globais se intercruzam com os países que compõem o BRICS em relação ao financiamento para a transição energética nesses países. Dessa forma, a questão norteadora deste trabalho foi a de conhecer quem são os principais financiadores – no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – dos países que compõem o BRICS, para uma economia de baixo carbono. A metodologia adotada se pautou na revisão de literatura, que se aliou aos dados obtidos na prospecção das três bases de dados escolhidas para a realização de análises quantitativas, mediante a sumarização de cálculos estatísticos. Entre os resultados, pode-se apontar que, dos países do BRICS, a Índia foi o que mais recebeu financiamentos de países da OCDE para transição energética, e a Alemanha foi o principal financiador individual direto dos BRICS. Deve-se salientar que, relativamente às organizações multilaterais, o Banco Mundial teve papel de destaque no financiamento para a transição energética.
Resumo Este artigo traz como objeto de análise os projetos e programas do setor público no Brasil que receberam financiamentos externos de organismos multilaterais e bilaterais em âmbito federal, estadual e municipal entre 2000 e 2020. Os dados analisados foram coletados no Painel da Comissão de Financiamentos Externos (Painel COFIEX) do Ministério da Economia do Brasil, categorizados e apresentados neste artigo de forma conjuntural, com o objetivo de representar um panorama sobre este objeto para os estudos da Administração Pública no país. Importante instrumento do Sistema de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (SCID), o financiamento internacional para o desenvolvimento obedece às agendas e diretrizes das organizações internacionais, as quais se modificaram ao longo dos anos. Dessa forma, além de explorar as principais fontes credoras, setores e unidades da federação de destino dos financiamentos internacionais para o desenvolvimento destinados ao Brasil, o artigo buscou verificar de que forma as características dos financiamentos internacionais recebidos entre 2000 e 2015 e pós-2015 refletem as agendas e diretrizes da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID) dos respectivos períodos, a saber: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) (2000-2015) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) (2015-2030). Como resultado, além de apresentar uma pioneira análise exploratória dos dados, verificou-se uma inflexão dos financiamentos externos recebidos no pós-2015 pelo Brasil na direção da atual agenda e diretrizes da CID. Por fim, o artigo apresenta encaminhamentos para agendas futuras de pesquisa.
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