O artigo desenvolve uma discussão teórico-metodológica sobre as possibilidades e condições para a articulação de abordagens pós-estruturalistas, especialmente da Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe, na realização de pesquisas empíricas em educação. Inicialmente, é delineada uma breve revisão conceitual sobre a ontologia pós-estruturalista e sobre suas consequências quanto à rejeição do positivismo e da epistemologia moderna. A seguir, são apresentadas e analisadas quatro proposições formuladas por Glynos e Howarth para a realização de pesquisas referenciadas na teoria do discurso. Por fim, é resgatado o debate sobre a exigência de rigor analítico e sobre o potencial crítico dessa teoria na realização de pesquisas no campo da Educação.
O investimento discursivo em torno dostemas “diversidade sexual” e “equidade degêneros” é indicativo de um tempo quandoa certeza sobre a “naturalidade” da heterossexualidadefoi desestabilizada. Este artigorevisa algumas reflexões desenvolvidas historicamentesobre o assunto e discute seusdesdobramentos na educação. Enfatizam-seas contribuições dos estudos queers que analisa,a partir da lógica desconstrucionista,os mecanismos de heteronormatização dasociedade, se opõe às abordagens socioantropológicassobre minorias sexuais ereivindica o desenvolvimento de contextosescolares emancipatórios, comprometidoscom a justiça, os direitos humanos e a valorizaçãodas diferenças. O artigo chama aatenção para a heterogeneidade dos discursos,as contraditórias práticas em ação emdiferentes países com tradição de pesquisanessa área e para o estado gestacional dessedebate no Brasil.
Chantal Mouffe, junto al teórico político argentino Ernesto Laclau (1935-2014), lanzó, en 1985, las bases de la teoría del discurso. Luego, desarrolló su trabajo en el sentido de profundizar como influyen las formulaciones de la teoría del discurso en el análisis de las democracias contemporáneas. Abordando el conflicto como una producción del encuentro de la diferencia, Mouffe lo comprende como un aspecto indeleble en la constitución del social. En este encuentro con la autora, buscamos reflexionar algunos temas y problemáticas centrales de su trabajo, y las implicaciones de su teoría en el campo educacional contemporáneo.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.Novas tentativas de controle moral da educação: conflitos sobre gênero e sexualidade no currículo e na formação docente New attempts of moral control in Education: Conflicts on gender and sexuality in curriculum and teacher education Resumo: A sociedade brasileira tem vivenciado um intenso embate hegemônico sobre as concepções de gênero e sexualidade articuladas nas políticas públicas de currículo e formação docente. Grupos políticos e religiosos conservadores têm desenvolvido um ataque agressivo ao que denominam "ideologia de gênero" na educação. A partir de uma análise dos processos de formação dos discursos pela igualdade de gênero e diversidade sexual nas políticas educacionais brasileiras ao longo das últimas décadas e da emergência de discursos reativos (neo)conservadores no contexto atual, o texto busca discutir as condições de (im) possibilidade desse confronto hegemônico. A análise é desenvolvida em diálogo com os debates pós-estruturalistas no campo da educação e, em especial, com a Teoria Política do Discurso de Laclau e Mouffe. O trabalho aponta que ambos os polos discursivos engajados no conflito atual são construções históricas contingentes e que o debate no campo da educação tem sido predominantemente realizado a partir do parâmetro comum das políticas de acomodação e gestão estratégicas das diferenças.Palavras-chave: currículo, formação docente, gênero.Abstract: Brazilian society has been experiencing an intense hegemonic clash over the conceptions of gender and sexuality articulated in the public policies of curriculum and teacher training. Conservative political and religious groups have settled an aggressive attack on what they call "gender ideology" in education. Analyzing the constitution of discourses promoting gender equality and sexual diversity in Brazilian educational policies over the last decades and the emergence of reactive (neo)conservative discourses in the current scenario, the text seeks to discuss the conditions of (im)possibility of this hegemonic confrontation. The analysis is developed in dialogue with post-structuralist education theories, and especially with Laclau and Mouffe's Political Theory of Discourse. The paper points out that both the discursive poles engaged in the current conflict are contingent historical constructs, and that the debate in the field of education has been predominantly carried out from the common parameter of the policies of accommodation and strategic management of differences.
ResumoEste artigo tem como objetivo abordar limites do paradigma dominante da Ciência Moderna, observando implicações destes para o campo educacional. Para tal, dividiu-se o texto em quatro partes: a primeira reflete sobre a relação pensar e conhecer na modernidade, destacando a tensão esboçada com a noção de subjetividade; a segunda e terceira partes aprofundam esta tensão por meio das críticas que Michel Foucault e Boaventura Santos elaboram ao paradigma de Ciência Moderna, sinalizando para dificuldades que Ciências Humanas e Sociais enfrentam ante a busca de verdades universais. Por fim, situamos o debate na área da Educação, analisando repercussões que esta sofre no trato da pesquisa qualitativa e dos processos de ensino-aprendizagem, a partir dessas críticas à Ciência Moderna e à ressignificação do lugar da subjetividade na construção dos saberes. Palavras-chave: Conhecimento. Subjetividade. Educação.
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