Neste ensaio, a partir de formulações de Bakthin, discutimos o conceito de transmutação. O objetivo maior dessa discussão é compreender melhor a constante tensão entre inovação e conservação tão flagrante nos gêneros do discurso. Concebendo a transmutação como o fenômeno que regeria a possibilidade de transformar e ser transformado a que os gêneros do discurso estariam inexoravelmente submetidos e, ainda, baseando-nos na crença de que a transmutação, processo auto e heteroconstitutivo dos gêneros, se dá por mecanismos distintos, propomos uma tipologia operacional. Postulamos, assim, quatro categorias: transmutação criadora, transmutação inovadora, transmutação externa e transmutação interna. Como desdobramento, pretendemos ensejar pesquisas que possam se valer da tipologia apresentada e discuti-la, vindo a revalidá-la ou reformulá-la, de forma a ampliar nossos conhecimentos sobre a plasticidade e dinamicidade desses artefatos discursivos, sem os quais a linguagem humana seria inimaginável.
Este trabalho discute a gênese da noção de Tradição Discursiva (TD) como paradigma teórico e reflete sobre a polissemia do termo quando tomado como objeto de análise, visto que os estudos atuais em TD mostram que esse objeto pode ser encarado tanto como: a) formas particulares de dizer, b) gêneros, c) características constitutivas dos gêneros. Apresenta, ainda, uma proposta teórico-metodológica para análise diacrônica de gêneros a partir do modelo de Zavam (2009) e resultados de pesquisas desenvolvidas no âmbito do Grupo de Pesquisa -- Tradições Discursivas do Ceará que tomaram esse modelo como norte para a análise histórico-diacrônica de diferentes gêneros.
Este trabalho discute a constituição intertextual do plágio. Os pressupostos sustentados por Christofe (1996), Cavalcante e Brito (2011), Nobre (2014) e Koch (2009) permitem compreender como o plágio se apropria de movimentos intertextuais típicos a outros processos intertextuais (citação, paráfrase, paródia e pastiche) para se manifestar. Essa realidade dá à prática múltiplas formas de se organizar disfarçando o texto-plágio e mantendo o texto-fonte. A análise compara um texto acusado de plágio com seu texto-fonte, demonstrando, a partir de parâmetros funcionais e constitucionais (NOBRE, 2014), como esse fenômeno pode se configurar por meio dos movimentos intertextuais da paródia.
Professora da UFC, na graduação, trabalha com disciplinas relacionadas à Prática de Ensino. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, em interface com a Linguística de Texto, atuando principalmente com temas relacionados à análise de gêneros; leitura, escrita e análise linguística; formação de professores. BÁRBARA OLÍMPIA RAMOS DE MELOProfessora Associada da Universidade Estadual do Piauí (UES-PI), atua na Graduação e nos Mestrados Acadêmico e Profissional em Letras. Doutora e Mestra em Linguística (UFC), Especialista em Língua Portuguesa (UFPI) e Graduada em Letras/Português (UFPI). É líder do grupo de pesquisa "Estudos sobre os Gêneros Textuais". Publicou em coautoria os livros "Linguística I", "Iniciação aos estudos linguísticos', 'Perspectivas teóricas e aplicadas para os estudos da Linguagem" e "Trilha metodológica no ensi-no de língua portuguesa: urdindo a leitura, a produção, a análise e a reflexão"; também foi uma das organizadoras das coletâneas "Linguagens, cultura e ensino" (Paco Editorial), "Literatura, contemporaneidade e ensino" e "Linguagem, contemporaneidade e ensino" (as duas últimas publicadas pela Editora Max Limonad). DANIELE CRISTINA DE ALMEIDAMestra em Letras (ProfLetras/UFC) e Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica (FAK). É professora da Secretaria de Educação do Estado do Ceará. DARIANA RIBEIRO DE SOUSA Professora de Língua Portuguesa da Prefeitura Municipal de Teresina, desde 2010. Atuou na modalidade regular do Ensino Fundamental por sete anos e, atualmente, trabalha com Educação de Jovens e Adultos (modalidade EJA). Mestra pelo ProfLetras (UESPI), Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa (UESPI) e graduada em Letras/Português (UESPI). Também tem graduação em Comunicação Social/Jornalismo (UFPI) e atua como revisora de textos.
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