O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por dois domínios principais, os padrões restritivos e os repetitivos de comportamento. O diagnóstico do autismo baseia-se principalmente na observação de características comportamentais sociais e de comunicação. Sua incidência é quatro vezes maior no sexo masculino do que no feminino, sendo que as mulheres muitas vezes são subdiagnosticadas e/ou diagnosticadas tardiamente. A hipótese de que existe uma manifestação feminina específica das dificuldades autistas foi proposta com o objetivo de explicar essa dificuldade de diagnóstico no sexo feminino. Nesse estudo, buscou-se apresentar a percepção dos profissionais da saúde acerca das diferenças no diagnóstico e na apresentação clínica do TEA em pacientes do sexo feminino e masculino, através de um questionário, aplicado de forma qualitativa. Identificamos que embora os profissionais não percebam grandes disparidades, alguns sintomas ocorreram mais frequentemente em meninas, principalmente a habilidade de mascarar as manifestações clínicas por estratégias aprendidas. Juntamente a esse achado, observamos que há dificuldade em se diagnosticar meninas com TEA, tanto pela evidente existência de um fenótipo feminino do transtorno, como pela falta de um instrumento diagnóstico que contemple essa heterogeneidade da apresentação clínica. Dessa forma, esperamos fornecer um melhor entendimento acerca da diferença na apresentação do transtorno e da dificuldade de se fazer o diagnóstico em pacientes com apresentação atípica, o que poderá auxiliar os profissionais na identificação desse grupo de pacientes e no manejo dos mesmos, contribuindo para a melhora de sua qualidade de vida e convivência em sociedade.
A adesão significativa ao cigarro eletrônico por adultos jovens confirmou o surgimento de uma nova doença intitulada EVALI. Esta pesquisa teve como objetivo identificar a frequência do uso de cigarros convencionais e eletrônicos entre os acadêmicos de Medicina de Maringá. Além disso, avaliou o conhecimento dos estudantes sobre os riscos que esse hábito pode suscitar. Em relação à metodologia, aplicou-se um questionário eletrônico aos estudantes, realizando uma análise dos dados por meio de estatística descritiva por meio do software MS Excel. Participaram 303 alunos, do primeiro ao sexto ano do curso de Medicina da UniCesumar. Por meio da análise dos resultados, foi possível definir que 55% (n=167) dos entrevistados são fumantes, seja de cigarro convencional ou de cigarro eletrônico. Também foi contabilizado que pelo menos 25% dos acadêmicos substituíram o cigarro tradicional por cigarro eletrônico. Observou-se que, mais da metade dos alunos acreditam que as pessoas ficam mais à vontade socialmente com o uso do e-Cigs. Cerca de 43% (n=129) dos entrevistados responderam que não tinham conhecimento que a utilização de cigarro eletrônico pode ocasionar a doença EVALI. Diante dos resultados obtidos, espera-se colaborar ainda mais com o conhecimento científico, evitando a desinformação e o uso desenfreado de cigarros eletrônicos, tanto no meio acadêmico como na sociedade em geral.
A COVID-19 é uma das maiores pandemias que a humanidade já enfrentou e uma grande emergência em saúde pública. Na tentativa de controlá-la e “achatar” a curva de transmissão, os governos de diversos países, incluindo o Brasil, adotaram medidas como a quarentena e isolamento social, alterando significativamente a rotina das populações. Escolas foram fechadas, universidades, comércios e fronteiras, e muitos outros estabelecimentos. Junto à pandemia vieram muitas incertezas, sentimento de medo e problemas econômicos. Com isso, a população vem enfrentando diversas reações emocionais, que podem desencadear ou potencializar transtornos mentais, tais como depressão, ansiedade, pânico, entre outros. Para profissionais da saúde que atuam no na linha de frente ao combate ao vírus, os efeitos podem ser ainda maiores, pois existe o medo constante do contágio próprio e de contaminar outras pessoas, sem contar a sobrecarga de trabalho, o enfrentamento da morte em larga escala e a frustração. Para entender os impactos que a pandemia tem na saúde mental da população em geral e dos profissionais de saúde, foi feita uma revisão de literatura técnico-científica, buscando observar a epidemiologia das implicações mentais, os fatores estressores, os transtornos mais frequentes e as estratégias de gerenciamento adotadas que ajudaram na minimização das implicações psicológicas. Por fim, foram discutidas as potencialidades terapêutica online devido à necessidade do afastamento físico gerado pelo novo vírus.
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A pandemia do COVID-19 modificou grandemente as metodologias de ensino em todo o país, o que culminou na substituição do modelo das aulas presenciais para o modo remoto emergencial. Essa modificação rápida pode ter sido uma experiência causadora de malefícios no processo saúde-doença de seus profissionais, assim como é evidenciado pelo mal-estar docente (malaise enseignant). Este trabalho visou analisar os diversos impactos na saúde dos professores participantes de tal transição, considerando efeitos mentais, físicos e profissionais. Para isso, foi efetuada uma revisão literária, a qual perpassou o conceito de mal-estar docente, sua origem e ramificações, além da aplicação de um questionário, ora presencialmente ora via plataforma de Formulários do Google, para professores de duas instituições de ensino superior (IES), Universidade Cesumar (Maringá – PR) e Universidade do Oeste Paulista (Presidente Prudente – SP), escolhidos segundo o critério de ter obtido a experiência de trabalho tanto no modelo presencial quanto no remoto. Então, os dados foram analisados e tabulados por meio de estatística simples por Excel. Após análises dos resultados, comprovou-se que houve uma alteração no processo saúde-doença no que tange a sinais e sintomas como aumento do estresse, ansiedade, dores musculares, nas articulações e diminuição da acuidade da visão, além da diminuição da satisfação e qualidade laboral.
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