Resumo: Em 2014, quatro anos após a morte de José Saramago, chegava às livrarias seu último romance, que restou inacabado e foi encontrado em seu computador. Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas tem apenas três capítulos. Porém, a edição do livro apresenta ainda o diário de Saramago, com anotações referentes ao romance, ilustrações de Günter Grass e textos de outros autores. O romance centra-se na temática da violência, da guerra e da fabricação e comércio de armas. Neste artigo, contudo, objetivamos uma análise dos paratextos editoriais da edição de Alabardas. A proposta, nesse sentido, pauta-se, a partir da definição de paratexto apresentada por Gérard Genette (2009) Neste mesmo ano, publicou-se o romance Claraboia, o qual havia sido finalizado pelo autor em 1953 sob o pseudônimo de Honorato, mas que restou esquecido na gaveta Algumas discussões aqui propostas foram apresentadas na comunicação oral "Do texto ao paratexto, do autor ao editor: uma leitura de Alabardas, de José Saramago", no XV Encontro da ABRALIC "Experiências literárias, textualidades contemporâneas", durante os dias 19 a 23 de setembro de 2016, na UERJ -Rio de Janeiro.
<p>Stuart Hall (2011) escreve <em>A identidade cultural na pós-modernidade</em> partindo da afirmação de que as identidades modernas estão “descentradas”. Isso porque, nos tempos da modernidade tardia o que se percebe, segundo Hall, é a fragmentariedade do indivíduo moderno, não mais visto como um sujeito unificado e que, em razão disso, não encontra mais uma referência identitária estável na qual possa se encaixar. Nesse sentido, o presente artigo discute, à luz das teorias de gênero e das contribuições de Stuart Hall (2011) acerca da questão da <em>identidade</em>, o projeto musical do grupo <em>As Bahias e a Cozinha Mineira</em>, formado por duas mulheres transexuais, Assucena Assucena e Raquel Virgínia, e por um homem cisgênero, Rafael Acerbi. O objetivo é destacar como a construção da identidade pode se dar também no meio artístico musical. Para tanto, será, ainda, analisada uma das canções do álbum <em>Mulher</em>, intitulada <em>Uma canção pra você (Jaqueta Amarela)</em>, destacando-se as relações entre esta composição e as teorias em foco.<strong></strong></p>
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n1p203A revista Anuário de Literatura, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura, da Universidade Federal de Santa Catarina, em sua trajetória de mais de 20 anos de publicações, está inserida na área de Literatura, Teoria e Crítica Literária. Com a missão de difundir o conhecimento novo e inovador nesse campo, volta-se a pesquisadores, a profissionais de literatura com titulação mínima exigida e a estudantes de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado). A periodicidade semestral da revista, disponível no formato digital em PDF/A no Portal de Periódicos da UFSC desde 2008, bem como a garantia de acesso livre e imediato ao seu conteúdo, possibilitam não apenas a ampla difusão do conhecimento produzido no Brasil, mas também põe em evidência o significativo trabalho de editoração de um periódico científico. Nesse sentido, este artigo pretende investigar o processo editorial no período entre 2012 e 2014, visando o aperfeiçoamento do escopo da revista em disseminar pesquisas de excelência, a fim de garantir aos leitores e pesquisadores o conhecimento atual e relevante aos estudos literários. Para tanto, pretende-se elaborar um perfil dos autores que submeteram os originais durante esse período, considerando a instituição de origem e área de atuação.
del Río é a mais velha de quinze irmãos. Jornalista, tradutora e Presidenta da Fundação José Saramago, recebeu recentemente o Prêmio Luso-Espanhol de Arte e Cultura pelo reconhecimento de seu trabalho à frente da Fundação. Nesta entrevista, fala com muita lucidez sobre a leitura da obra de Saramago, com quem esteve casada até 2010, ano do falecimento de seu companheiro. Pilar del Río não só é lúcida, mas também é veemente, se recuperarmos a oportuna voz de Saramago: "Eu creio que ela nasceu veemente, não há nada a fazer contra isso. Nem há qualquer interesse em fazer algo contra isso, ela é assim como é.". 1 Em sua fala, Pilar discorre sobre literatura, sobre a conjuntura política, sobre feminismo, sobre seu trabalho à frente da Fundação e, em especial, sobre o romance inacabado de
Resumo O estranhamento, o anormal, as diversas expressões de gênero e o abjeto que caracterizam o queer, na medida em que possibilitam novos olhares, sobretudo pela pluralidade de identidades que revelam, desafiam a heteronormatividade, colocam em crise a suposta identidade viril masculina e fazem com que se desconfie das normatividades, das ordens e do que a elas corresponda. Com aporte na teoria queer, a par dessas possibilidades de pensamento, a proposta deste trabalho é apresentar algumas reflexões acerca da experiência amorosa vivida entre os adolescentes Camilo e Cosme, narrada no romance O amor dos homens avulsos, do escritor Victor Heringer, publicado em 2016. A experiência amorosa vivida entre as personagens, quando lida sob a perspectiva do estranhamento queer, mostra-se libertária, ainda que enfrente brutalidades decorrentes dos preconceitos construídos e perpetrados pela lógica heteronormativa. O amor presente na narrativa é tomado como prática de resistência à hegemonia heterossexual, especialmente em um contexto político opressor, e como combate à masculinidade tóxica, fonte de desumanização.
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