ResumoOBJETIVO: Avaliar a influência do excesso de peso materno na gestação, no parto e nos desfechos neonatais. MÉTODOS: Estudo transversal e retrospectivo que incluiu 298 puérperas. As informações foram obtidas por meio de entrevistas e acesso aos prontuários das pacientes. As puérperas foram divididas em três grupos, conforme o índice de massa corpórea pré-gestacional: normal (18,5-24,9 kg/m²); sobrepeso (25,0-29,9 kg/m²) e obesidade (≥30,0 kg/m²). Foram construídos modelos de regressão logística multinominal para ajustar o efeito das variáveis de confusão. Estabeleceram-se intervalos de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS: Comparadas às gestantes com peso normal, pacientes com sobrepeso apresentaram chances maiores de cesariana, sendo a odds ratio (OR) de 2,2 e IC95% 1,3-3,9, e as obesas tiveram ainda maiores (OR=4,2; IC95% 2,1-8,1). As chances de desenvolvimento de diabetes gestacional aumentaram nos grupos Sobrepeso (OR=2,5; IC95% 1,1-5,6) e Obesidade (OR=11,1; IC95% 5,0-24,6). A síndrome hipertensiva na gravidez também se mostrou mais provável nas gestantes com sobrepeso (OR=3,2; IC95% 1,2-8,1) e obesas (OR=7,5; IC95% 2,9-19,1). A hemorragia de grande porte no momento do parto somente apresentou maiores valores no grupo de obesas (OR=4,1; IC95% 1,1-15,8). Quanto aos recém-nascidos, a probabilidade de Apgar baixo no primeiro minuto foi superior entre as obesas (OR=5,5; IC95% 1,2-23,7), e a ocorrência de macrossomia aumentou nas mulheres com sobrepeso (OR=2,9; IC95% 1,3-6,3). Os resultados quanto à hipoglicemia neonatal não foram conclusivos. CONCLUSÃO: As chances de intercorrências maternas (diabetes gestacional, síndrome hipertensiva, hemorragia pós-parto) e neonatais (cesariana, macrossomia e escore Apgar baixo) foram maiores nos grupos com excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Abstract PURPOSE:To evaluate the influence of maternal obesity on pregnancy, childbirth, and neonatal outcomes. METHODS: A cross-sectional study with 298 postpartum women. Information was obtained through interviews and access to patients' medical records. The patients were divided into three groups according to their pre-gestational body mass index: normal weight (18.5-24.9 kg/m²), overweight (25.0-29.9 kg/m²), and obese (≥30.0 kg/m²). Data are reported as adjusted odds ratios with 95% confidence interval (95%CI) following multinomial logistic regression analysis to account for confounding variables. RESULTS: Compared to pregnant women with normal body mass index, overweight women had greater chances of having cesarean delivery, odds ratio (OR) of 2.2 and 95%CI 1.3-3.9, and obese women even more (OR=4.2; 95%CI 2.1-8.1). The chances of gestational diabetes increased in the Overweight (OR=2.5; 95%CI 1.1-5.6) and Obese groups (OR=11.1; 95%CI 5.0-24.6). The occurrence of hypertensive syndrome was also higher in overweight (OR=3.2; 95%CI 1.2-8.1) and obese pregnant women (OR=7.5; 95%CI 2.9-19.1). Major postpartum hemorrhage only showed greater values in the obese women group (OR=4.1; 95%CI 1.1-15.8).Regarding the newborns, the pro...
Objetivos: Avaliar os desfechos neonatais em gestantes diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional (DMG). Métodos: Coorte retrospectiva com 522 puérperas, sendo 255 pacientes com diagnóstico de DMG pelos critérios da International Association of the Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG) e 267 pacientes sem DMG, tendo sido este último grupo selecionado por sorteio. Foram avaliadas associações entre DMG e a ocorrência de desfechos neonatais adversos, entre os quais prematuridade, peso excessivo para a idade gestacional, índice de Apgar baixo, hipoglicemia neonatal e internação em unidade de tratamento intensivo neonatal. Além disso, variáveis maternas como idade, índice de massa corporal pré-gestacional, ganho de peso, paridade e via do parto, foram avaliadas para ajuste de confundimento. Uma vez confirmada a normalidade de distribuição das características estudadas, foi usado o teste T para as variáveis quantitativas e o teste qui-quadrado para as qualitativas. Para avaliar o impacto do DMG nos resultados perinatais, foram calculados os riscos relativos a partir de tabelas de contingência e foram construídos modelos de regressão de Poisson com variação robusta para ajustar as variáveis de confundimento. Resultados: Os recém-nascidos das gestantes com DMG apresentaram maior risco de prematuridade (risco relativo [RR] 2,3; intervalo de confiança [IC] 95% 1,1-5,0), peso excessivo para a idade gestacional (RR 1,6; IC95% 1,1-2,5) e hipoglicemia neonatal (RR 4,2; IC95% 1,4-12,3). As associações entre DMG e escores baixos de Apgar no primeiro e no quinto minuto não se mostraram significativas: RR 1,9; IC95% 0,9-3,8 e RR 2,1; IC95% 0,4-11,3, respectivamente. Não houve aumento do risco de internação em unidade de tratamento intensivo neonatal dos recém-nascidos de gestantes diabéticas (RR 1,4; IC95% 0,6-3,2). Conclusões: Na amostra estudada, os riscos de prematuridade, peso do recém-nascido excessivo para a idade gestacional e hipoglicemia foram maiores nos recém-nascidos de gestantes com DMG diagnosticada pelos critérios da IADPSG. DESCRITORES: diabetes gestacional; recém-nascido; gestantes; gestação de alto risco; resultado da gravidez.
Objective To evaluate the prevalence of hypertrophic cardiomyopathy (HCM) in fetuses of pregnant women with gestational diabetes mellitus (GDM) in the beginning of the treatment. Methods A cross-sectional study was performed between July 1, 2013, and December 20, 2013, in a public maternity clinic in southern Brazil. The subjects were 63 fetuses of mothers with gestational diabetes, with a single pregnancy and no other associated pathologies. We diagnosed HCM through a fetal echocardiography before treatment and evaluated the maternal and fetal characteristics. Results The average age of the pregnant women was 32.32 (AE6.2) years, and the average gestational age at the time of the evaluation was 30.59 (AE2.27) weeks. The interventricular septum thickness showed a standard deviation of more than two in 50.8% of the fetuses (95% confidence interval [95%CI]: 38.1-63.5%). The left ventricular wall thickness showed a standard deviation of more than 2 in 13 (20.6%) fetuses (95%CI: 11.1-30.2%). The HCM was confirmed in 54% of the fetuses (95%CI: 41.3-65.1%). The fetal abdominal circumference was normal in 46 (73%) fetuses, and 50% of these fetuses had HCM. Conclusion The prevalence of hypertrophic cardiomyopathy in fetuses of pregnant women with GDM before treatment was of 54% (95%CI: 41.3-65.1%).
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