Observa-se, no Brasil, um movimento significativo para consolidação de escolas inclusivas em que estudantes com deficiência possam encontrar efetivas possibilidades de aprendizagem. Este artigo apresenta uma revisão de literatura realizada com o objetivo de identificar, em artigos nacionais, os principais desafios à inclusão de estudantes com deficiência física em escolas comuns. Para situar a análise, uma discussão introdutória a respeito do conceito de deficiência física permite compreendê-lo como uma construção influenciada pelo paradigma ou modelo de deficiência (religioso, médico e social). A revisão de literatura foi realizada utilizando o banco de dados do Portal de Periódico da Capes, por meio do cruzamento dos descritores deficiência física, inclusão escolar, educação inclusiva e paralisia cerebral. Os 29 artigos selecionados foram analisados utilizando a análise de conteúdo qualitativa. O presente artigo apresenta uma discussão de
Resumo: Nos estudos relacionados à deficiência, podem-se identificar com clareza duas perspectivas paradigmáticas que fundamentam as ideias e ações de pesquisadores e profissionais a partir da modernidade: o modelo médico e o modelo social. Atualmente, no entanto, percebe-se a emergência de críticas ao modelo social que se encaminham para o que possivelmente poderá se constituir em uma terceira perspectiva (denominada neste trabalho de pós-social). O presente artigo tem por objetivo analisar princípios que norteiam a compreensão da deficiência considerando essas três perspectivas. Foram selecionadas publicações realizadas a partir da década de 1990 no Brasil, Europa Ocidental e América do Norte, utilizando-se os descritores inclusão escolar, sociedade inclusiva, direitos humanos e políticas públicas para pessoas com deficiência, paradigmas da deficiência, modelo médico, modelo social, estudos da deficiência e estudos feministas. Traçaram-se reflexões sobre os modelos por meio da identificação dos contextos sócio-históricos e das bases epistemológicas que os sustentam, e de algumas articulações com o campo da educação especial na perspectiva da inclusão. Problematizar esses modelos que coabitam os espaços sociais permite deslocamentos que possibilitem repensar as relações com a pessoa com deficiência nos diferentes contextos e instituições. PalavRas-chave: Educação inclusiva. Estudos da deficiência. Modelo médico. Modelo social.abstRact: In the disability-related studies, one can clearly identify two paradigmatic perspectives which underlie researchers and professionals' ideas and actions from Modernity onwards: the medical model and the social model. Currently, however, we see the emergence of critiques regarding the social model moving towards what could possibly constitute a third perspective (called post-social in this paper). The present article aims to analyze the principles which guide the understanding of disability considering these three perspectives. Publications carried out from the 1990s in Brazil, Western Europe and North America were selected using the descriptors school inclusion, inclusive society, human rights and public policies for people with disabilities, disability paradigms, medical model, social model, disability studies and feminist studies. We attempted to trace reflections on the models by identifying the socio-historical contexts and the epistemological foundations that support them and by some articulations with the field of special education in the perspective of inclusion. To problematize these models which coexist in social spaces allows for shifts that may enable to rethink our relations with persons with disabilities in different contexts and institutions.
Este trabalho apresenta os movimentos provocados em uma comunidade escolar após a implantação de uma política pública educacional: Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O estudo qualitativo de cunho exploratório acompanha o processo desde a distribuição de laptops no modelo 1:1 em uma escola do campo, em regime de classe multisseriada - da Educação Infantil ao 5º ano, localizada no interior do Rio Grande do Sul (Brasil). A Cartografia, segundo Kastrup (2008), serve de inspiração para o método de investigação cujo objetivo é identificar e analisar as mudanças provocadas nas práticas dentro e fora da sala de aula nessa comunidade escolar a partir da inserção dos laptops. Os dados permitem perceber alguns movimentos significativos de mudança nas ações dos professores, estudantes e seus familiares. A análise desses dados é feita à luz de alguns conceitos construtivistas e de letramento digital. Percebeu-se que o longo período sem conectividade na escola não impediu que a comunidade escolar, em um esforço mútuo, com engajamento das famílias, encontrasse soluções criativas para explorar os recursos disponíveis como uma oportunidade de construção de conhecimento do mundo dentro e fora da escola.
As universidades são historicamente conhecidas por serem instituições elitistas e meritocráticas. Porém, nos anos 90, políticas de expansão do Ensino Superior brasileiro modificaram o perfil dos estudantes, tornando premente a questão da qualificação dos docentes. Este artigo relata a construção de um objeto digital de aprendizagem concebido com o objetivo de promover reflexão sobre a inclusão, contribuir para uma mudança na forma como os docentes percebem a diversidade e para a ressignificação da prática docente. Foi desenvolvido inicialmente com foco na inclusão de estudantes surdos. O objeto de aprendizagem, intitulado Incluir, procura conciliar aspectos técnicos e pedagógicos a fim de concretizar uma metodologia reflexiva e problematizadora, de base interacionista.Palavras-chaveObjeto de aprendizagem; Inclusão; Ensino Superior; Surdez
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