Resumo: Conforme dados do Censo Brasileiro da Educação Superior, em 2009, o número de alunos surdos matriculados no terceiro grau chegava a 4.660. Nesse contexto, a grande dificuldade desses alunos que frequentam cursos de computação está nos conceitos iniciais da lógica de programação de computadores. O presente trabalho objetivou a construção de uma linguagem de programação baseada em LIBRAS para o ensino de lógica de programação por deficientes auditivos, utilizando uma abordagem experimental, de caráter exploratório-descritivo e empregando um estudo de caso para a validação do experimento. A principal contribuição da pesquisa foi a construção, a avaliação e a validação do framework, simplificado para a criação de programas por deficientes auditivos, apoiado por uma IDE projetada para dar suporte às atividades, e que se utiliza de um intérprete virtual. Neste texto, também, são sugeridos estudos futuros.
Palavras-chave:Informática na educação. Linguagem de programação. Informática inclusiva.
Abstract: According to the Brazilian Higher Education Census, in 2009 there were 4,660 deaf students in higher education. In this context, the great difficulty of deaf students who attend computer courses is their initial experiences with the programming logic. This paper aimed to construct a programming language based on the Brazilian sign language (LIBRAS) applied to lessons of programming logic by hearing impairment learners, using an experimental approach, exploratory and descriptive, validated by a case study experiment. The leading contribution of this research was the construction, evaluation and validation of a simplified framework that provides creation of computer programs by hearing impaired students, supported by an IDE planned to provide the activities through a virtual interpreter.Keywords: Informatics in education. Programming language. Accessibility.
IntroduçãoO debate acerca do acesso e da permanência de estudantes surdos no ensino superior é um fato relativamente novo e bastante importante no cenário educacional para muitos educadores [1]. Como principais motivos, podem ser apontados a aprovação da lei que estabelece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como língua oficial brasileira e o crescimento das políticas públicas de inclusão que vêm, aos poucos, aumentando o acesso e a participação ativa de pessoas com necessidades especiais em diferentes contextos sociais