-Rights, Policies and Languages: divergences and convergences in/from/for deaf education. In this article, while considering education as a complex and diverse phenomenon, we reflect on the fields of human rights and linguistic human rights regarding deaf education. We have noticed certain convergences and divergences arising from the encounter of rights, policies and languages in both proposal and construction of an educational process that recognizes and values linguistic and cultural characteristics of individuals involved. We also take a critical view towards the Manichaean perspectives that have created illusions involving deaf education, making its complexity invisible, generalizing its peculiarities and reducing its range. Linguistic aspects are central when considering the deaf, since all human rights are linked to language itself. Therefore, linguistic human rights are fundamental to the enjoyment of civil, social, political, economic and cultural rights. Finally, deaf education exists in the midst of the differences that feature it, of the languages that specify it, and the convergences and divergences that (trans) form it. Keywords: Human Rights. Linguistic Rights. Deaf. Sign Language. Brazilian Sign Language. RESUMO -Direitos, Políticas e Línguas: divergências e convergências na/da/ para educação de surdos. Neste artigo, tomando como base o fato de a educação ser um fenômeno complexo e diverso, refletimos sobre o campo dos direitos humanos e dos direitos humanos linguísticos em relação à educação de surdos. Observamos certas convergências e divergências decorrentes do encontro dos direitos, das políticas e das línguas na proposição e construção de um processo educacional que reconheça e valorize a singularidade linguística e cultural de seu público. E, também, assumimos uma visão crítica em relação às perspectivas maniqueístas que têm gerado ilusões no campo da educação de surdos, as quais têm invisibilizado sua complexidade, generalizado suas particularidades e reduzido sua amplitude. Vimos a centralidade da questão linguística para os surdos, já que todos os direitos humanos estão, sem dúvidas, atrelados à língua e, portanto, os direitos humanos linguísticos constituem-se como basilares ao gozo dos direitos civis, sociais, políticos, econômicos e culturais. Enfim, a educação de surdos existe em meio às diferenças que a caracterizam, às línguas que a especificam e às convergências e divergências que a (trans)formam.
Considerando os cursos de graduação destinados à formação de tradutores e intérpretes de Libras-Português nas universidades federais brasileiras, realizamos uma análise das disciplinas direcionadas ao desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes especificamente relacionados à tradução e à interpretação. Para tanto, com base nos nomes e nas ementas das disciplinas, em suas cargas horárias e nas informações contidas nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, categorizamos cada disciplina de acordo com o tipo de conhecimento a ser abordado (conceitual, procedimental e/ou atitudinal) e com o conteúdo proposto (conhecimentos teóricos, práticas, tecnologias aplicadas, ferramentas de pesquisa e/ou aspectos profissionais). Vimos que os cursos, de maneira geral, possuem diversos elementos que os aproximam, assim como ênfases específicas que os distinguem. Concluímos que o desenho curricular dos cursos de formação de tradutores e intérpretes generalistas de Libras-Português precisa, não somente estar bem fundamentado em princípios pedagógicos e tradutológicos, mas, inclusive, estruturar-se com base no perfil do profissional que se pretender formar e nas demandas atuais do mercado de trabalho. Além disso, a questão da modalidade gestual-visual, com seus efeitos e não efeitos sobre a tradução e a interpretação, deve ser encarada como uma temática transversal, indispensável à formação dos tradutores e dos intérpretes que atuam entre línguas e modalidades.
RESUMO: Tomando como ponto de partida o fato de termos pelo menos duas modalidades de língua: uma vocal-auditiva e outra gestual-visual, fazemos uma breve apresentação da diferença de modalidade entre línguas orais e de sinais e dos efeitos de modalidade sobre as línguas de sinais. Em continuidade, tecemos uma reflexão sobre as implicações da modalidade gestual-visual para os processos tradutórios e interpretativos denominados intermodais. Então, abordamos os efeitos da modalidade de língua em relação à interpretação simultânea intermodal da língua oral para a de sinais a partir (i) da sobreposição de línguas (code-blending), (ii) da performance corporal-visual requerida do profissional e (iii) da preponderância da direcionalidade inversa (da L1 para a L2/ de A para B). Concluímos que, por transitarem entre duas modalidades de língua, a formação de tradutores e de intérpretes intermodais precisa abordar questões inerentes à modalidade gestual-visual e seus efeitos sobre a língua e, consequentemente, sobre os processos tradutórios e interpretativos. PALAVRAS-CHAVE:Interpretação; Modalidade; Intermodal; Língua de Sinais; Gestual-visual ABSTRACT: Considering the existence of at least two language modalities -an auditory-vocal one and a visualgestural one -we make a brief presentation of the difference between spoken and signed languages and the effects of modality on sign languages. Later, we reflect on the implications of the visual-gestural modality on the translation and interpreting processes, named as intermodal. Then, we approach the modality effects on the intermodal simultaneous interpreting from spoken language into signed language based on (i) the use of
Resumo: Considerando que as pesquisas brasileiras sobre a tradução e a interpretação de/para/entre línguas de sinais podem ser reunidas sobre o que se apresenta como Estudos da Tradução e da Interpretação de Línguas de Sinais (ETILS), realizamos uma reflexão sobre a emergência desse novo campo disciplinar em relação à sua vinculação direta aos Estudos da Tradução (ET) e aos Estudos da Interpretação (EI). Para tanto, apresentamos a interdependência e distinção fundamental entre os ET e os EI, realizamos uma busca por referências à interpretação e à tradução de línguas * Os Estudos da Tradução e da interpretação de línguas de sinaisTradução (ET) e aos Estudos da Interpretação (EI). Como campo extremamente jovem e em significativa expansão, os ETILS não possuem existência fora desses dois outros campos disciplinares. Na verdade, ao mesmo tempo em que se singulariza em relação a esses dois grandes e integrados campos disciplinares, mantém com eles uma inegável e explícita identificação e dependência.De modo simples, o que nos permite diferenciar os ET e os EI é basicamente o seu objeto central de estudo, respectivamente, "a tradução e o traduzir" e "a interpretação e o interpretar". Esses dois processos, embora cunhados na translação 1 de material linguístico-cultural de uma língua à outra, caracterizam-se pela maneira por meio da qual acontecem linguística, cognitiva e operacionalmente. Nesse sentido, esses campos disciplinares são justapostos e interdependentes, já que sua coexistência é inevitável, e, ao mesmo tempo, distintos e singulares em relação à especificidade de seu foco de estudos.Considerando essas relações e intercessões, traçamos uma breve reflexão sobre os ET e os EI e apresentamos um panorama geral do que seria o jovem campo dos ETILS no contexto brasileiro, no que tange a sua manifestação no ambiente acadêmico. Para construção de tal panorama, valemo-nos das pesquisas sobre a tradução e a interpretação de línguas de sinais feitas na pós-graduação brasileira e das quatro edições do Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação. O foco distinto dos campos disciplinaresO campo disciplinar dos ET constituiu-se e afirmou-se como tal na segunda metade do século XX. Entretanto, o nome do campo deve ser entendido como "uma designação coletiva e abrangente para todas as atividades de pesquisa que têm o fenômeno da tradução e do traduzir como sua base ou foco" (KOLLER, 1971 apud HOLMES, 2000. Naquele momento inicial de afirmação do campo, seu escopo era amplo e "tradução" 20Cad. Trad., Florianópolis, v. 35, nº especial 2, p. 17-45, jul-dez, 2015 Carlos Henrique Rodrigues & Hanna Beer referia-se a toda e qualquer atividade de translação de material linguístico de uma língua a outra. Na Routledge Enciclopédia de Estudos da Tradução, ao definir os ET como um campo de conhecimento acadêmico que tem como objetivo investigar a tradução, Mona Baker explica que o termo "tradução" refere-se à tradução literária e não literária, à interpretação, à dublagem e à legendagem (BAKER, 1998). Nesse sentido,...
RESUMO Neste artigo, oferecemos uma primeira reflexão sobre as prováveis implicações da modalidade de língua, no caso a gestual-visual, sobre a noção e a modelagem da competência tradutória. Para tanto, realizamos uma breve revisão de algumas definições e modelos de competência tradutória e apresentamos as características das línguas de modalidade gestualvisual, bem como seus impactos sobre a atuação dos tradutores/intérpretes de línguas de sinais. Vimos que considerar a modalidade gestual-visual na definição e modelagem da competência tradutória é uma questão extremamente complexa. Entretanto, é, ao mesmo tempo, relevante, já que as investigações nesse âmbito podem contribuir significativamente à melhor compreensão do que constituiria uma competência tradutória "universal" e, mais estritamente, do que comporia a competência dos tradutores e dos intérpretes de línguas de sinais. Concluímos que a competência requerida dos tradutores e intérpretes de línguas de sinais é marcada por certa capacidade corporal cinestésica, diretamente ligada à competência linguística e à competência comunicativa. E, portanto, poderia ser concebida como uma competência tradutória intermodal.
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