A ditadura militar no Brasil (1964Brasil ( -1985 foi marcada pela redução da liberdade e dos direitos civis da população e pela violência institucionalizada, retratada nos dados escandalosos dos crimes humanitários cometidos nesse período. No entanto, como Funari e Zarankin já alertaram, tantos anos de repressão e violência política foram simplesmente apagados da memória coletiva com um hiato nos livros de História Oficial. Pensando nisso, este trabalho tem como objetivo discutir o papel que a Arqueologia da Repressão e da Resistência pode desempenhar, no Brasil, na construção de histórias relacionadas a esse período que, excluídas do discurso oficial, ganham voz por meio das "memórias materiais". Palavras-chaves: Ditadura Militar, Arqueologia da Repressão e da Resistência, Memórias Materiais. ABSTRACTThe military dictatorship in Brazil (1964Brazil ( -1985 was marked by the reduction of population's freedom and civil rights and by an institutionalized violence portrayed in the scandalous details of humanitarian crimes committed at that time. However, as Funari and Zarankin have warned, in Brazil so many years of repression and political violence were simply erased from collective memory with a gap in the official history books. Thinking about it, this work aims to discuss the Archaeology of Repression and Resistance's role at Brazil in the construction of stories related to that period, so far excluded in the official discourse, that gain voice through "material memories".
Created in 2015, the Brazilian Archaeological Program in Egypt (BAPE) develops transversal and participatory research on Egyptian soil. Since 2016, BAPE has been developing, together with the Egyptian government, an excavation project for Theban Tomb 123, located in Sheikh Abdel Qurna, Luxor, known as the Amenemhet Project. Tomb 123 served as a burial ground during the Pharaonic period and is currently a modern residence for Qurnawi families. This paper presents the first results of the research conducted at the site, offering a first interpretation based on the data collected so far, from an archaeological, historical and ethnographic perspective.
A Virada Ontológica tem proposto que sujeitos e objetos não são categorias fixas, mas elementos que surgem dentro de uma relação. Neste sentido, o mundo seria formado por potencialidades indeterminadas que se atualizam de uma forma ou de outra a partir de fenômenos relacionais. O elemento central neste processo de atualização das realidades do mundo é o afeto. Diferente das emoções, afeto é uma intensidade visceral que passa entre os corpos de uma relação organizando as informações, resultando na atualização das realidades. É o caso, por exemplo, do álcool, das máscaras e das materialidades digitais, que, neste período de pandemia, deixaram de ser objetos para se tornarem sujeitos que determinam e delimitam nossas ações, comportamentos e possibilidades.
Nas últimas décadas começaram a se consolidar linhas de pesquisa associadas ao que pode ser entendido como Arqueologia Contemporânea. Entre essas, talvez uma das que mais visibilidade e impacto tiveram foi a chamada Arqueologia da Repressão e da Resistência, campo de pesquisa que ainda possui barreiras político-acadêmicas para ultrapassar. Uma delas foi superada ano passado, quando, pela primeira vez, foram implementadas intervenções arqueológicas em um centro de detenção da ditadura civil-militar brasileira com o objetivo de estudar suas materialidades e as experiências cotidianas a elas relacionadas. Essa pesquisa arqueológica teve um caráter diagnóstico e foi realizada no DOPS/MG para subsidiar a futura criação do Memorial de Direitos Humanos no local. Nesse texto serão apresentadas as atividades desenvolvidas durante esse trabalho que, além de pioneiro, tem como objeto de estudo um importante órgão repressivo da ditadura civil-militar em Minas Gerais.
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