This work takes a linguistic discourse point of view to discuss the relations between metalinguistic operations and erasures in written texts of students in the classroom. This way, taking a conception of structure that supports la langue in this functioning – that is, assuming a subject that demands signification and another one that provides interpretation – and through what Lemos has been outlining in recent years (1996, 1999a, 1999b), we will analyze Fabre’s (1986, 1987) and Abaurre’s work (1996, 1997) which assume an enunciative theoretical perspective to consider that change in drafts points to an attitude of interrogation and adequacy from the writer.
RESUMO Este estudo analisa as ocorrências de vírgulas e as verbalizações espontâneas durante a produção textual de duas alunas francesas de 6 anos de idade. A partir da Genética Textual, dentro de uma abordagem linguístico-enunciativa, foram analisados seis manuscritos escolares e seus respectivos processos de escritura. O registro fílmico e multimodal desses processos preservou as condições ecológicas da sala de aula. Tomou-se como unidade de análise o diálogo entre as alunas, estabelecido durante a produção textual. As ocorrências de vírgula foram identificadas nos manuscritos escolares e relacionadas ao que essas alunas comentavam sobre essas marcas de pontuação. Os resultados mostram que a vírgula foi a pontuação mais usada, porém sua inscrição só ocorreu em três manuscritos. Quase todas as ocorrências foram “lembradas” após o término da história, acompanhadas por comentários indicando um entendimento “gráfico-espacial” para seu uso. Contudo, suas ocorrências no último manuscrito indicam o início de uma concepção “linguística”, quando a posição da vírgula concorreu com o ponto final, começando a delimitar unidades semânticas. Suas inscrições também passam a ser antecipadas pelas alunas. Essas duas concepções coabitam no mesmo manuscrito, sugerindo que a gênese da vírgula passa por um “uso híbrido” de suas funções.
RESUMO A escrita colaborativa por díades em sala de aula é uma situação didática que coloca alunos dialogando para construir um único texto, ao contrário da escrita individual, em que normalmente se escreve sozinho e em silêncio. Filiado à Genética Textual, a partir de uma abordagem enunciativa, este trabalho desenvolveu um estudo comparativo com o objetivo de evidenciar as vantagens e/ou desvantagens da escrita em colaboração. Três categorias serviram de parâmetro analítico: a) a extensão textual, medida através do número de palavras; b) a incidência de erros ortográficos; c) o número de rasuras. A amostra do estudo foi definida por conveniência e compreende 8 manuscritos, sendo 4 produzidos individualmente e 4 produzidos em duplas. Os alunos são do 2o ano do ensino fundamental, com idades entre 7 e 8 anos. Os dados foram coletados durante o desenvolvimento de um projeto didático intitulado “Contos do como e do porquê” no ano de 2012 em uma escola privada, respeitando as condições ecológicas do contexto escolar. As análises mostraram que, colaborativamente, os alunos escreveram, em média, textos 34% mais longos do que individualmente, produziram 170% a mais de rasuras e 10% a mais de erros que no formato individual.
Este trabalho tem como objetivo principal verificar o uso de partículas modais (PM) em processos de escrita colaborativa dos quais participaram duas alunas recém-alfabetizadas, com idade entre 6 e 7 anos, ao escreverem histórias inventadas. Assume-se como referência central a Linguística da Enunciação representada por Émile Benveniste, para o qual o processo de enunciação dispõe de mecanismos que demandam continuamente do indivíduo uma tomada de posição como sujeito. Os dados utilizados foram produzidos na Escola da Vila, em SP. Foram analisados, ao todo, 16 processos. As alunas formaram uma díade indicada pelo próprio professor e foram filmadas pelo período de 2 anos consecutivos, desde a alfabetização até o 1º ano. Os resultados mostraram que ao usarem as PM, as alunas buscaram não apenas validar seu papel como enunciadoras, com o objetivo de interferir ou influenciar, mas também que as PM são enunciadas visando sempre o parceiro da enunciação e só ganham sentido a partir da referência interna criada pelos sujeitos no aqui e agora enunciativo.
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