O presente artigo propõe-se discutir a relação existente entre a Fenomenologia e a Geografia para compreender as relações que são tecidas no espaço geográfico. Assim, essa relação demonstra que a fenomenologia vem contribuindo com a Geografia ao propor uma ruptura com as “verdades” das ciências modernas, valorizando o mundo da vida, abrindo espaço para uma gama de estudos que consideram as intenções humana. A pesquisa constitui-se em levantamento bibliográfico acrescido de reflexões realizadas ao longo da trajetória acadêmica e da realização da disciplina “Teoria e Método de Geografia” cursada no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade de Brasília. A valorização do ser humano, das suas vivências, das experiências, da subjetividade e do mundo vivido, que por muitos geógrafos são desconsiderados em suas análises, se torna importante para a compreensão da espacialidade por meio desse método. Diante disso, é propósito desse artigo contribuir para o aprofundamento teórico em torno das experiências humanas manifestadas no espaço que a partir do método fenomenológico são colocadas no centro do debate geográfico.
O objetivo geral desta investigação foi analisar a abordagem que professores de Geografia do Ensino Médio, em escolas públicas de Taguatinga, no Distrito Federal, deram aos componentes físico-naturais e aos conteúdos a eles relacionados. Trata-se de uma investigação qualitativa que usou, como instrumentos de produção das informações empíricas, entrevistas semiestruturadas, exercícios de problematização, assim como análises dos planos de ensino. Os resultados revelaram que os componentes físico-naturais, de modo geral, são abordados de forma descritiva, informativa e fragmentária; falta clareza conceitual no tratamento dos temas e dos conteúdos que envolvam os componentes físico-naturais e uma abordagem geográfica desses componentes e, por fim, a formação inicial e continuada dos professores tem um efeito decisivo em sua prática pedagógica, principalmente no que se refere à (re)construção didático-pedagógica desses conteúdos, afetando, destarte, a qualidade profissional docente.
Paulo Freire, embora não mais presente, ainda é atual em muitas teorias educacionais e libertadoras, sua escrita ainda é capaz de emanar esperança em muitos educadores. Os valores defendidos por ele na educação podem ser facilmente apropriados pelo processo de ensino-aprendizagem em Geografia, em especial o guiado pela Geografia Humanista. De tal modo, visou-se analisar as principais contribuições teóricas paulofreirianas, com destaque para sua visão humanista e as possibilidades para o ensino de Geografia. Destaca-se que essa pesquisa é de cunho teórico elaborada por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Sua principal meta é fomentar discussões a respeito de três principais temas ainda pouco relacionados: teoria paulofreiriana, humanismo em educação e geografia escolar.
O trabalho de campo, ao permitir o contato direto com o objeto de conhecimento e com o local onde os fatos/fenômenos se manifestam, constitui-se numa metodologia profícua no processo de ensino-aprendizagem em Geografia pela sua capacidade de viabilizar a construção do conhecimento geográfico pelos estudantes da Educação Básica. À luz disso, o nosso intento neste trabalho é discutir, de forma crítica e reflexiva, sobre a forma como se desenvolve essa atividade em grande parte das escolas brasileiras, enfatizando que o trabalho de campo enquanto uma metodologia ativa de ensino e de aprendizagem deve primar, não só pela atividade prática do estudante frente ao fenômeno, mas pela sua atividade mental no processo de compreensão da realidade estudada. Tendo como metodologia de trabalho a revisão bibliográfica de pressupostos que envolvem o ensino de Geografia, as metodologias ativas e o trabalho de campo, procuramos, a partir de um método, revelar suas potencialidades formativas no desenvolvimento intelectual do indivíduo, sobretudo por instigar o aprendizado a partir da ação (prática e cognitiva), que se constitui dimensão basilar no entendimento das espacialidades contemporâneas.
Este trabalho tem como objetivo analisar o desenvolvimento do raciocínio geográfico na prática educativa do professor de Geografia. Em busca de alcançar esse propósito, utilizou-se a pesquisa qualitativa na produção e análise dos resultados, nos quais foram utilizados o procedimento bibliográfico e de campo. No primeiro, a pesquisa bibliográfica, realizaram-se levantamentos do referencial teórico atinente ao raciocínio geográfico e às estratégias didático-pedagógicas. Em campo, foram feitas observações sistematizadas com um professor de Geografia durante o segundo semestre de 2018. Os resultados mostraram que o raciocínio geográfico é um processo cognitivo que pode ser desenvolvido no ensino pelo professor de Geografia. E, para isso, faz-se necessário a mobilização dos conhecimentos da ciência geográfica, do pedagógico e das condições do contexto do aluno. Sendo assim, as observações das aulas de um professor de Geografia apresentaram algumas dificuldades em tal desenvolvimento, pois não houve apropriação dos fundamentos da Geografia, tampouco a articulação do pedagógico com a realidade do aluno.
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