O transplante de fígado é o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência hepática, quando não há mais proposta terapêutica conservadora efetiva. Os objetivos do transplante são melhorar a qualidade de vida do paciente e prolongar sua sobrevida. Este órgão pode ser doado a partir de um cidadão vivo ou falecido. O propósito deste estudo é realizar uma análise comparativa, no Estado do Rio de Janeiro, entre cada procedimento, considerando dados como número total de cirurgias, custo médio, taxa de mortalidade e tempo médio de internação. Segundo os resultados, no Rio de Janeiro, 91,2% dos transplantes utilizaram órgão de doadores falecidos e 8,71% de vivos. Os custos foram de R$ 82.162,94 para procedimento intervivos e R$ 94.216,91 para falecidos. A média de internação foi de 13,9 dias para o procedimento entre vivos e 10,5 dias para doador morto. A taxa de mortalidade e óbitos foram 8,97% e 7, respectivamente, para doadores vivos e 10,77% e 88 para doadores mortos. Apesar da predominância de doadores falecidos, esse procedimento apresenta empecilhos como a resistência das famílias a doação e problemas organizacionais do órgão responsável. E, ainda, existe um temor por parte dos candidatos a doadores em vida com sua saúde e complicações cirúrgicas. Sendo assim, há necessidade de conscientizar a população sobre a importância de ser doador, esclarecer as famílias o real significado da morte encefálica e sanar possíveis dúvidas. Somente o estímulo a ambos os tipos de doação poderá reduzir as filas de espera e salvar vidas.
Objetivo: Realizar uma revisão narrativa da relação entre a microbiota intestinal e a depressão. Revisão bibliográfica: A depressão é uma doença neuropsiquiátrica associada a variações de humor, distúrbios no sono e/ou apetite, baixa autoestima e responsável por cerca de 800.000 mortes anuais por suicídio. O eixo intestino-cérebro e sua interação bidirecional, tem atribuído à microbiota intestinal participação no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e distúrbios do humor incluindo depressão e ansiedade. Modula vários processos centrais através do nervo vago, bem como a produção de metabólitos microbianos e mediadores imunológicos que desencadeiam mudanças na neurotransmissão, neuroinflamação e comportamento. O conhecimento da complexa interação entre o eixo intestino-cérebro envolvendo vias endócrinas, imunológicas e de neurotransmissores, abre novas possibilidades terapêuticas na abordagem de doenças cerebrais e neurodegenerativas. Considerações finais: Os psicobióticos e os alimentos funcionais despontam como possíveis adjuvantes no tratamento dos transtornos depressivos, com potencial para minimizar a morbimortalidade e os impactos socioeconômicos dessa patologia.
Racional: Clostridioides difficile é uma bactéria anaeróbia Gram-positiva, produtora de toxinas, causadora da colite-associada a antibióticos. Constitui uma das infecções nosocomiais mais frequentes, dotada de significativa morbimortalidade. Caracteriza-se por um espectro de manifestações que vão desde o portador assintomático até a infecção severa e fulminante. A antibioticoterapia é a primeira linha de tratamento, entretanto a recorrência da infecção ocorre em até 20% a 30% dos pacientes. O transplante de microbiota fecal tem demonstrado em trabalhos uma eficácia de 87% a 91%. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa das diferentes formas de transplante de microbiota fecal e seus resultados. Métodos: Revisão integrativa da literatura, com 12 ensaios clínicos controlados randomizados selecionados entre 333 artigos encontrados nas bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores “Fecal Microbiota Transplantation AND Pseudomembranous Colitis OR Clostridium difficile”, entre 2017 e 2022. Resultados: Comparam vias de administração, efeitos terapêuticos, alterações na microbiota dos receptores, riscos e efeitos adversos. Conclusão: O transplante de microbiota fecal surge como uma nova e promissora proposta terapêutica na infecção recorrente por C. difficile. Mais estudos são necessários para estabelecer a sua eficácia como terapêutica única ou adjuvante, composição ideal das cepas e protocolos de uso nos diferentes espectros de gravidade dessa infecção.
Objetivo: Verificar através de uma revisão integrativa os fatores de risco e os fatores prognósticos para o câncer gástrico. Métodos: O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura embasado em evidências, cuja elaboração deu-se por meio das seguintes etapas: identificar um tema e selecionar a questão de pesquisa, buscar os artigos nas bases de dados digitais e estabelecer critérios de inclusão e exclusão com posterior análise e discussão dos resultados obtidos nos periódicos. Resultados: São descritos como fatores de risco: a infecção pelo Helicobacter pylori (H. Pylori) em que precisa estar associada a hábitos de vida (tabagismo, etilismo) e a predisposição genética, sendo o que determina o aparecimento de lesões consideradas precursoras do adenocarcinoma; fatores dietéticos; baixa escolaridade; renda salarial; idade e IMC. Em relação ao prognóstico: o estadiamento do tumor torna-se determinante para a escolha do melhor tratamento, o estado nutricional do paciente, a presença de comorbidades e o avançar da idade do paciente são relatados como os aspectos mais relevantes. Considerações finais: Confirma-se a importância da atenção aos fatores de risco e do diagnóstico precoce, a fim de oportunizar melhor qualidade de vida e um melhor prognóstico para os pacientes.
Objetivo: Analisar as novas informações acerca da Colangite Esclerosante Primária (CEP). Revisão bibliográfica: A CEP é uma doença colestática crônica rara e multifatorial de etiologia autoimune com patogenia ainda desconhecida. Caracteriza-se por lesões crônicas dos canalículos biliares de grandes e pequenos calibres que promovem áreas de estenoses e tortuosidades na árvore biliar. As manifestações clínicas da CEP se correlacionam com o grau de inflamação, fibrose e destruição dos ductos biliares, sendo em seus estágios iniciais assintomática. O diagnóstico é realizado a partir da investigação e exclusão de causas infecciosas, inflamatórias ou tóxicas que possam estar provocando alterações séricas e radiológicas nos exames hepáticos de rotina. O transplante hepático é a terapia mais eficiente para reduzir a mortalidade e em alguns casos alcançar a cura da doença. Considerações finais: Até que novas terapias sejam desenvolvidas, os conhecimentos dos profissionais de saúde acerca da doença e de seu diagnóstico precoce, o acompanhamento contínuo, a prevenção e o tratamento das possíveis complicações permanecem como uma das principais medidas para prolongar a sobrevida dos pacientes até a realização do transplante de fígado.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.