Objetivo: analisar a capacidade para o trabalho de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de um Distrito Sanitário em João Pessoa-PB. Metodologia: estudo descritivo e transversal de abordagem quantitativa, realizado em João Pessoa-PB, nas 40 Unidades de Saúde da Família pertencentes ao Distrito Sanitário II, com uma amostra de 163 ACS selecionados por conveniência. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contemplando informações sociodemográficas e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). A análise dos dados foi realizada por meio do programa estatístico SPSS Statistics, versão 22.0, onde as variáveis categóricas foram analisadas através de frequências absolutas e relativas, utilizando-se o teste do qui-quadrado para se estabelecer as relações entre as mesmas. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: a população do estudo foi predominantemente do sexo feminino (76,7%), com idade entre 42 e 62 anos (38,7%), casada ou com companheiro (a) (58,3%), cor da pele parda (57,1%), ensino médio completo (72,4%), renda familiar de até 2 salários mínimos (51,0%), com capacidade boa (38,7%) e moderada (37,4%) para o trabalho. O ICT apresentou correlação estatisticamente significativa com as suas sete dimensões (p
A Saúde do Trabalhador (ST) refere-se a um campo do saber que compreende as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença de modo articulado a um corpo de práticas teóricas interdisciplinares. No contexto das possibilidades para se efetivar a ST na amplitude que exige este conceito, diferentes iniciativas de Educação Popular em Saúde se articulam com demandas do Controle Social em Saúde, permitindo novas abordagens para configurar a formação crítica e ativa de trabalhadores de saúde e movimentos sociais no mosaico das políticas de ST. Este artigo busca refletir sobre essas possibilidades a partir do Projeto de Extensão “Vidas Paralelas”. A sistematização da experiência permitiu concluir que estratégias de diálogo, organização político-social e troca de experiências de vida se apresentam como cenário significativo no compartilhamento de cultura e saúde do trabalhador, oportunizando crescimento coletivo e melhor qualidade de vida.
Este texto relata a importância da territorialização como instrumento para a formação em saúde a partir de uma experiência de extensão popular vinculada à Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, de atividade de territorialização, baseado na sistematização de experiências segundo Oscar Jara. A atividade foi vivenciada por estudantes, professores e trabalhadores da atenção básica, como parte do Programa Educação Popular em Saúde do Trabalhador (PEPST), o qual tem como eixo teórico-metodológico a Educação Popular em Saúde. O trabalho teve como cenário de prática a comunidade do Grotão, localizada no município de João Pessoa-PB. Os estudantes foram divididos em grupos e acompanhados por profissionais da equipe de saúde. As impressões foram relatadas em um diário de campo. Também foram realizadas entrevistas com ex-participantes do PEPST. A partir dessa experiência ficou evidente que a territorialização contribui para a reorientação da formação em saúde e para a integração ensino-serviço-comunidade, apresentando-se também como um subsídio para o planejamento de ações estratégicas capaz de considerar as iniquidades sociais inerentes ao território.
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