A investigação delimitou como objeto de estudo a formação e a experiência docente com alunos que possuem deficiência e/ou Necessidades Educacionais Especiais, buscando o entendimento que docentes universitários possuem acerca do processo inclusivo, bem como as práticas inclusivas realizadas por eles em cursos de licenciatura. A abordagem metodológica qualitativa, permitiu utilizar entrevistas semiestruturadas com docentes de duas instituições públicas federais localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A análise de dados permitiu identificar que as ações pedagógicas desenvolvidas pelos sujeitos devem respeitar os ideais inclusivos, mas que as barreiras atitudinais, físicas e o déficit na formação docente são questões que podem levar ao processo de inclusão marginal, transformando as escolas em ambientes perversos, não possibilitando, as vezes, a participação efetiva dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. É preciso avançar no entendimento de que o aluno com deficiência e/ou Necessidades Educacionais Especiais requer responsabilidade de todos, portanto, as instituições precisam apoiar o corpo docente no processo de formação continuada para que seja efetiva a formação inicial dos futuros professores que atuarão na educação básica inclusiva. As análises revelaram ainda a preocupação com a adesão em cursos voltados para os formadores sobre a educação inclusiva, além da necessidade de informações que possam orientar o professor caso ele tenha em sala de aula um aluno com deficiência e/ou Necessidades Educacionais Especiais. O estudo evidenciou que o ideal da educação inclusiva é consoante com a busca de igualdade de direitos, tanto no que se refere à escolarização quanto à participação social.
Resumo Explorar o tema da educação inclusiva requer que discutamos a formação de professores e de seus formadores no que tange às práticas e significações sobre a diversidade humana. O objetivo deste trabalho é analisar a formação e as práticas de docentes universitários, atuantes em cursos de licenciatura, no que se refere aos pressupostos inclusivos. Para tanto foram analisadas, por meio da abordagem qualitativa de pesquisa descrita por González Rey, as respostas ao instrumento de autopreenchimento aplicados em 26 professores atuantes nos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Química e Física de duas universidades públicas federais. Em geral, os dados nos mostram que a formação dos formadores é pouca ou nenhuma no que se refere à inclusão escolar e à aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais. As barreiras atitudinais também puderam ser notadas em parte das respostas, demonstrando que esse é um problema que está longe de ser ultrapassado e configura um entrave para o sucesso do processo inclusivo. Além desses fatores, foi evidente que existe pouco apoio institucional e que as condições de inclusão nas universidades participantes ainda precisam de grandes mudanças para a efetivação desse processo. Entendemos que os resultados poderão subsidiar e ampliar a discussão da área de formação de professores, contribuindo, também, para (re)pensarmos as práticas docentes nos espaços envolvidos.
Quero primeiramente agradecer à minha orientadora, profª. Drª. Elcie pela paciência, compreensão, apoio e imensuráveis contribuições durante a elaboração deste trabalho.Agradeço aos meus pais, por estarem sempre ao meu lado apoiando minhas decisões e ajudando com o desenvolvimento das atividades previstas no trabalho.Agradeço ao Marcelo pelo apoio, incentivo e jantas gostosas, principalmente durante a realização das disciplinas e por nossa família onde, mesmo depois de dias cansativos, encontro conforto no seu amor e do nosso filho.Agradeço às minhas amigas/irmãs Fernanda e Helka por compartilharem comigo momentos de alegria e conquistas como também de frustrações, incertezas e tristezas... vocês são fundamentais para eu continuar acreditando e sonhando com tempos melhores.Agradeço à banca, pela paciência, leitura e inestimáveis contribuições que acredito que virão.Agradeço à Secretaria Municipal de educação, à gestão da escola do campo que autorizou a realização do trabalho, assim como aos professores que permitiram nossas observações e a outros informantes e participantes da pesquisa.Agradeço também à Faculdade de Educação da USP e ao Programa de Pós-Graduação pela excelente disponibilidade de disciplinas e oportunidades de aprimoramento durante todo o percurso.Agradeço por fim pelo nascimento e vida de Marx, Engels, Gramsci e Vigotski, pela colaboração que vocês trouxeram para a ciência, pela dedicação com os menos favorecidos e com os diferentes. Sem querer desfavorecer qualquer outro, mas foi a partir do conhecimento das obras de vocês que me tornei crítica, que vi o mundo por outras perspectivas e passei acreditar que um dia poderemos viver em sociedade mais igualitária .. se não de capital, pelo menos de direitos. viii É preciso olhar além do seu mundo.Sentir por outras perspectivas. Colocar-se no lugar do outro, entender sua dor e seus obstáculos.É preciso respeitar as divergências de opinião e situação. Caminhamos assim na busca de uma sociedade mais justa.
Educação: teoria e prática, Rio Claro, SP, Brasil -eISSN: 1981-8106 Está licenciada sob Licença Creative Common ResumoEste trabalho teve como foco o entendimento das condições e perspectivas de inclusão no município de Araras, a partir dos relatos de professores, gestores e pibidianos. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas, buscando a compreensão das concepções dos agentes educacionais no que tange ao processo inclusivo, e de como essas concepções influenciam suas práticas pedagógicas. O estudo pauta-se na abordagem qualitativa de pesquisa em educação. A busca pelo entendimento da realidade local é de grande importância para nortear as ações e práticas educacionais que possam colaborar na efetivação do processo inclusivo, com vistas à construção de uma escola democrática. Constatou-se que a formação docente ainda é um ponto nodal na efetivação desse processo, sendo que as concepções e práticas educacionais apontam para a não responsabilização do professor pelas atividades pedagógicas com alunos com necessidades 1 Agradecemos à FAPESP e ao CNPq
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