Many contemporary security issues entail the domestic military deployment, which is deemed to blur the division between armed forces and police. This argument relies on the theoretical coalescence between territory, political authority, and community. In contrast, I argue the military domestic deployment is largely grounded on the process of defining and redefining the boundaries of the community to be protected, which informs the organization of the instruments of force and is shaped throughout the process of legitimizing a particular kind of violence deployment. This article analyses the parliamentary minutes on three domestic military operations in Brazil—Operation Rio (1994), Operation Arcanjo (2010), and the Operation Rio de Janeiro (2017)—through the moral exclusion framework and shows that the debates about whether or not the armed forces should be deployed are embedded in the struggle of drawing the community’s boundaries.
O presente trabalho tem como objetivo analisar o modo em que a bibliografia especializada busca explicar o constante emprego das Forças Armadas – instrumento de política externa – em missões de segurança pública na América do Sul. São identificados três níveis de explicação: internacional, regional e nacional. Defende-se que as análises podem ser agrupadas em duas lógicas explicativas – positivismo e o pós-positivismo –, as quais distinguem-se não apenas em termos teóricos, mas também, sob a ótica da teoria crítica, em relação às suas consequências políticas. Considera-se que a compreensão positivista do fenômeno em questão leva a uma subordinação da política à técnica, enquanto as análises pós-positivistas evidenciam o caráter político da escolha de envolver o instrumento militar em segurança pública.
Palavras-chave: Forças Armadas; Segurança Pública; América do Sul.
Abstract: The current paper aims to evaluate the way in which specialized scholars seek to clarify the constant employment of South Americans Armed Forces – foreign policy instrument – in public security. Three explanatory levels are identified: international, regional and domestic. It is argued that analyses can be classified in two logics of explanation – positivism and post positivism – that are distinguished by both its theoretical specificity and its politics implications. We sustain that rationalist explanation submits politics to technique, while post positivism analyses emphasize the political nature of the decision to involve the military in public security.
Key-Word: Armed Forces; Public Security; South America.
Recebido em: fevereiro/2017.
Aprovado em: agosto/2017.
O caso argentino é emblemático para os estudos sobre relações civis-militares e missões das forças armadas na América do Sul. É considerado o país que, após o fim ditadura, teve maior sucesso em controlar politicamente suas forças armadas e restringir a atuação interna das mesmas, sendo a Lei de Defesa Nacional central neste processo. Em 2018, houve uma reinterpretação desta norma, pela qual a noção de “ameaça externa” passou a se pautar por uma perspectiva territorial e não mais relativa à natureza da ameaça. Essa ressignificação abriu margem para a alocação das forças armadas em operações de segurança pública. No artigo tem-se o objetivo de mostrar como este processo de reinterpretação tensiona duas concepções consolidadas na bibliografia: a relação entre controle político e redução das missões domésticas dos militares e a divisão interno/externo como parâmetro da organização dos instrumentos de força do Estado.Palavras-chave: Forças Armadas; Argentina; Defesa. ABSTRACTThe Argentine case is emblematic for the studies of civil-military relations and armed forces’ missions in South America. It is deemed the country that, after the dictatorship, had the greater success in politically controlling its military, as well as restricting their domestic activities. The National Defense Law was central in this process. In 2018, the reinterpretation of this rule grounded the notion of “external threat” on a territorial perspective, and no longer on the nature of the threat. This reframing opened the way for the armed forces deployment in public security operations. The aim of the current paper is to show how this process of reinterpretation challenges two arguments consolidated in the literature: the relationship between political control and the reduction of military domestic missions and the inside/outside division as a parameter for the organization of the State's instruments of force.Keywords: Military Forces; Argentina; Defense.
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