Resumo O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Neste artigo, buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva. Partindo do aporte teórico marxiano, traçamos uma análise crítica acerca do fenômeno da uberização, que está intrinsecamente relacionado às inovadoras formas de gestão, enquanto, por outro lado, intensifica a precarização do trabalho.
O discurso da gestão da diversidade surge nas organizações de trabalho propagando a postura socialmente responsável das empresas que promovem ações de inserção de minorias sociais, apresentadas como possibilidade de superação das desigualdades sociais do capitalismo. Todavia, notamos em diversas empresas não haver nada além do cumprimento de exigências legais, como as que determinam que empresas de médio e grande porte contratem jovens aprendizes. Esses jovens, inseridos em um contexto de vulnerabilidade social, por vezes incorporam a própria ideologia hegemônica que os subjuga enquanto minorias sociais. Partindo de uma perspectiva crítica, o objetivo deste artigo é analisar a percepção de jovens aprendizes quanto à inclusão de minorias sociais nas organizações de trabalho. A partir de entrevistas semiestruturadas e posterior análise de conteúdo, pudemos constatar que ainda há um longo caminho rumo à emancipação política, econômica e social dos sujeitos marginalizados por suas diferenças sociais.
Investigaram-se as alterações na composição orgânica do capital no setor bancário brasileiro, com foco nos processos de acumulação e centralização. Foram analisados relatórios econômico-financeiros de entidades reguladoras e de institutos de pesquisa. O exame demonstrou que o capital no setor rearticulou-se para diluir os limites à sua expansão, por meio, sobretudo, de alterações nos processos de trabalho, permitidas pela tecnologia.
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