Este artigo tem como objetivo identificar e analisar, à luz da interdisciplinaridade, a disciplina Saúde indígena e os conteúdos sobre a saúde das populações tradicionais amazônicas, nos cursos de graduação em enfermagem de universidades e faculdades da região Norte do Brasil. Nesta lógica, utilizou-se pesquisa realizada na plataforma eletrônica do Ministério da Educação e Cultura (E-MEC), no período de maio a julho de 2016, por meio de estudo de casos múltiplos. Foram identificados cursos em todos os Estados com um total de 69, sendo 11 públicos e 58 privados, destes 14 cursos apresentaram disciplinas sobre o tema, tais como: Saúde Indígena, Enfermagem na Atenção à Saúde Indígena, Assistência de Enfermagem às populações tradicionais da Amazônia, e Saúde das Populações Amazônicas. As matrizes e ementas possibilitaram identificar que há disciplinas curriculares sobre populações tradicionais, porém de modo limitado e concepções equidistantes de interdisciplinaridade.

Objetivo: Refletir sobre o ensino e pesquisa da saúde indígena por meio de experiências acadêmicas. Relato de experiência: Relato de experiência baseado na execução de disciplinas e de criação e participação em grupos de estudos e pesquisas que contemplavam o estudo da saúde de populações indígenas em instituições de ensino superior localizadas na região metropolitana do Estado do Pará. A construção do trabalho direcionado por meio da matriz curricular com presença de disciplina especificas possibilitou maior engajamento para este tema, mas foi possível construir conhecimento pela pesquisa, por meio de estudo de casos clínicos quando da ausência disciplinar. Considerações finais: A experiência assistencial possibilitou que se ampliasse de modo satisfatório à interdisciplinaridade por meio do ensino e pesquisa, e afirmou mais uma vez que a experiência em campo possibilita novos horizontes acadêmicos. Os discentes envolvidos conseguiram produzir academicamente por meio dos eventos científicos.

Objetivo: Este artigo identifica a inclusão de atividades de ensino para assistência à saúde de populações tradicionais, nos cursos de graduação em medicina de universidades e faculdades da região Norte do Brasil a fim de mediar reflexões acerca do tema. Métodos: Pesquisa realizada por método misto, longitudinal, com investigação de coleta de dados com abordagem de estudo de casos múltiplos, por meio de base de dados do Ministério de Educação e Cultura, ano base 2018. Para o constructo foram definidos descritores a serem pesquisados nas matrizes e ementas dos projetos políticos pedagógicos. O parâmetro base para inclusão dos dados se delimitou nos termos: populações tradicionais; populações amazônicas; saúde indígena; saúde de grupos étnicos e populações remanescentes de quilombo nos textos do projeto pedagógico (matrizes curriculares e ementas). Resultados: Foram identificados 20 cursos, sendo nove públicos e onze privados, deste apenas três apresentaram disciplinas dentro da característica investigada, sendo estas ministradas no estado do Amazonas e Acre. Conclusão: É notória a ausência de disciplinas curriculares sobre populações tradicionais nos currículos de Medicina. Os resultados possibilitam entender também que há um esvaziamento dos conteúdos sociais e humanísticos nas disciplinas de base na maioria dos currículos.

Objetivo: Analisar um ambiente de mercado e feira livre a partir da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale. Metodologia: Estudo exploratório-descritivo, a partir de estudo de caso único. Foi realizado em um mercado municipal localizado na Amazônia paraense. Os espaços a serem investigados foram delimitados por meio do mapa arquitetônico do complexo do mercado, que envolve o prédio principal do Mercado e a feira, além das instalações prediais anexas. As técnicas utilizadas foram o diário de campo, antropologia visual e observação não participante, e os resultados foram analisados à luz da Teoria Ambientalista. Resultados: Foram identificados três elementos chave que definiram a dinâmica da feira: Infraestrutura física, interações sociais e território. Considerações finais: Os ambientes apresentaram implicações à saúde do coletivo relacionadas às dinâmicas ambientais e sociais de feiras, relacionadas a déficits nos serviços de descartes de resíduos sólidos e de manutenção patrimonial inerentes à gestão do espaço e de risco à saúde.

ApresentaçãoA negritude na avenida da educação: os saberes da pluralidade na educação das infâncias