Esse estudo objetiva identificar a percepção de pessoas usuárias da atenção básica sobre a violência contra a mulher. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, tendo como participantes 18 usuários dos serviços de saúde de nove unidades básicas de saúde da família do município de Rio Grande. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 por meio de uma entrevista gravada com questionário semiestruturado, além de solicitar aos participantes que elencassem palavras que lhes viessem naturalmente a mente ao ouvir o tema violência contra a mulher. Tais palavras foram analisadas pelo programa online e gratuito Wordcloud®. O tratamento das entrevistas se deu pela Análise de Conteúdo. Obteve-se a aprovação no Comitê de Ética. Desta análise, emergiram três categorias: “Gênero e violência: reconhecimento das desigualdades”; “Sentimentos e a (in)compreensão frente a violência” e “Suporte à vítima de violência: serviços de proteção”. Os participantes tiveram dificuldade de conceituar a palavra gênero, associando o termo diretamente à sexualidade das pessoas. Ainda, pontuaram reconhecer a existência da lei Maria da Penha, porém destacaram a fragilidade dos serviços de proteção apontados como ambientes preconceituosos e discriminatórios. É necessário incentivar a população para mudanças de hábitos e atitudes, tendo em vista que o comportamento violento segue um padrão pré-estabelecido vinculado a uma cultura machista e sexista.
O tema da Violência contra a Mulher é uma importante questão de saúde pública, pois afeta a pessoa que sofre e também a sociedade. Assim, este estudo teve como objetivos relatar a realização de uma ação de extensão com homens e mulheres, usuários (as) de Estratégias Saúde da Família, para falar sobre a violência contra a mulher, e descrever a percepção dos participantes sobre a importância da ação de extensão. O estudo foi desenvolvido em nove Estratégias Saúde da Família do município do Rio Grande/RS, totalizando 35 participantes. Os usuários (as) demonstraram conhecimento ao citarem as formas de violência e os direitos das mulheres, como a Lei Maria da Penha. Ainda, identificaram a falta de responsabilização do Estado. Por fim, avaliaram a ação de forma positiva, sugerindo continuidade das ações também em outros espaços.
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