Resumo Objetivou-se com este trabalho estudar a etiologia da mastite em caprinos no sertão e cariri da Paraíba e estabelecer o perfil de sensibilidade antimicrobiana das bactérias isoladas. Foram identificadas 11,85% de infecções intramamárias em amostras de leite assepticamente coletadas e 236 isolamentos bacterianos com predominância de Staphylococcus spp. Nos casos de mastite clínica, foram coletadas 85 amostras de leite, o que resultou em 34 (40%) isolamentos com maior prevalência de bactérias do gênero Staphylococcus spp. (44,11%) e Trueperella pyogenes (23,52%). A resistência bacteriana aos antimicrobianos frente aos isolados de mastite subclínica e clínica foram maiores para penicilina (64,31% e 40%) e oxacilina (20,65% e 13,33%), em contraste com a maior suscetibilidade frente aos antimicrobianos cefalotina (100%), clorafenicol (100%) e neomicina (100%). O caráter zoonótico de alguns patógenos, a exemplo do Staphylococcus aureus, ressalta a importância da implantação de programas de controle em propriedades leiteiras.
Brazil is the eighth largest exporter of equidae meat in the world. Most donkey meat is obtained from discarded animals, raising concerns about their health status, particularly regarding zoonotic infections such as leptospirosis. Thus, this study aimed to determine the frequency of anti-Leptospira sp. antibodies in Northeastern donkeys at two properties specializing in producing donkeys for slaughter and export to the Chinese market, in the municipalities of Parnamirim (A) and Araripina (B), both located in the mesoregion of the Sertão of Pernambuco, Northeastern Brazil. The serum of 349 donkeys was collected, including 147 males and 202 females, aged 3 to 12 years. All animals were subjected to the Microscopic Agglutination Test (MAT) using a cut-off point of 1:50. A total of 19.8% seropositive animals were obtained. The Icterohaemorrhagiae serogroup was the most found in this study (40.6%), followed by Australis (27.5%), Autumnalis (8.7%), Sejroe (8.7%), Pomona (8.7%), Celledoni (2.9%), and Tarassovi (2.9%). A higher overall rate of seropositivity was found in donkeys from property B (2.2.4%) in the municipality of Araripina. In the association analysis, it was observed that animals less than 9 years of age were more likely to be seropositive, this may be due to the acquisition of resistance to Leptospira sp. as age advances. A significant number of donkeys seropositive for Leptospira sp. was found, thus, breeding these animals for slaughter and export requires implementing prophylactic measures.
As enfermidades respiratórias causam grandes impactos na equinocultura. A determinação do diagnóstico das afecções de caráter inflamatório do sistema respiratório inferior (ou posterior) de equinos depende da associação de histórico e exame clínico em conjunto com os exames complementares, portanto, as intervenções realizadas por profissionais veterinários devem estar sempre amparadas por bons métodos diagnósticos para que seja instituído o tratamento adequado. Como exames complementares, as secreções de vias aéreas inferiores podem ser submetidas a citologia, cultura bacteriana, análise bioquímica, isolamento viral e testes moleculares. Dentre os métodos de coleta destaca-se a utilização das técnicas transtraqueais, entre elas, a lavagem e aspiração transtraqueal percutânea (LPP), a aspiração transtraqueal percutânea (ATP) e a lavagem e aspiração transtraqueal endoscópica (LTE). Além das técnicas transtraqueais, é possível a realização da lavagem broncoalveolar, sendo esta última capaz de colher amostras das vias respiratórias menores e mais distais. O presente estudo visou reunir as principais informações sobre as técnicas de coleta e avaliação das secreções das vias aéreas inferiores em equinos, podendo servir como material auxiliar ao diagnóstico por parte de profissionais veterinários.
No presente estudo foram aplicados 100 questionários (50 por grupo) com o objetivo de identificar quais os principais AINEs recomendados por médicos veterinários (G1) e vendedores/balconistas de lojas agropecuárias (G2) na região Nordeste do Brasil para o tratamento das afecções dos sistemas locomotor e digestório da espécie equina. Para as afecções do sistema locomotor: como primeira opção, a fenilbutazona foi descrita como principal AINE nos dois grupos (G1: 58% e G2: 28%). Como segunda opção, o flunixin meglumine foi o mais recomendado (G1: 32% e G2: 24%). Como terceira opção, o meloxicam foi o mais recomendado também por ambos (G1:26% e G2: 16%). Para as afecções do sistema digestório: como primeira opção, o flunixin meglumine foi o fármaco mais recomendado (G1: 54% e G2: 40%). Como segunda opção, para o G1, flunixin meglumine (36%) e para o G2, a dipirona (30%). Como terceira opção, para o G1, o meloxicam e o DMSO foram os mais citados (18% cada) e para o G2, a fenilbutazona (18%). Os AINEs não seletivos são os mais recomendados por veterinários e vendedores de lojas agropecuárias do Nordeste do Brasil para tratamento das afecções locomotoras e digestivas em equinos, enquanto que os inibidores seletivos para COX-2 ainda são pouco recomendados. O desconhecimento das dosagens técnicas foi constatado em ambos os grupos, com destaque para o G2. Medidas de controle na venda de AINEs e orientação sobre seu uso correto aos profissionais do cavalo fazem-se necessárias.
Os antiinflamatórios não esteroidais (AINE's), por serem comercializados, suprimidos-se entre os medicamentos mais prescritos no mundo, possuindo ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética por inibição das prostaglandinas mediante bloqueio das cicloxigenases (COX). Atualmente sabe-se da existência de três enzimas COX com ações distintas. Postulou-se que as propriedades farmacológicas dos AINE's decorrem principalmente da ação inibitória da COX-2, enquanto que as reações adversas são geradas da inibição da COX-1, criando subgrupos de AINE's: preferenciais, seletivos e não seletivos para COX-2. A introdução dos inibidores da COX-2 na prática clínica visa manter a eficácia antiinflamatória sem os efeitos adversos indesejáveis. Todavia, estudos comprovados toxidade associada ao seu uso. Objetivou-se com este trabalho levantar informações sobre os efeitos do uso prolongado de inibidores da COX-2 na espécie de AINE. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica buscando estudos sobre os efeitos do uso de inibidores da COX-2 em cavalos. Foi observado que esta classe de medicamentos diversos efeitos tóxicos para uma espécie, principalmente em situações onde existiram sobredosagens, uso por tempo prolongado e associação com outros AINE's. São necessárias para o controle de comercialização desses fármacos. A escolha do fármaco no tratamento deve ser individualizada a cada paciente, levando em consideração seus fatores de risco e benefícios. Seu uso de forma racional é um importante aliado dos clínicos veterinários na promoção da saúde e bem-estar-animal.
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