A Talisia esculenta (A.ST.-HIL.) Radlk, pertencente à família Sapindaceae e é muito consumida in natura principalmente no Nordeste do Brasil. O presente estudo teve como objetivo desenvolver um sabonete líquido com extrato da casca do fruto da pitomba que é um resíduo sólido que geralmente é descartado sem uso. As cascas foram trituradas e armazenadas em frascos de plástico fechado em congelador até o uso. Posteriormente, procedeu-se com preparo dos extratos hidroalcoólico e aquoso. Após esse processo, os extratos foram analisados quanto ao perfil fitoquímico (saponinas, fenóis e taninos e flavonóis, flavonas, flavononóis e xantonas). Em seguida, desenvolveu-se o sabonete líquido. Logo após realizou-se análise dos parâmetros organolépticos, pH e densidade aparente. Verificou-se que o sabonete apresentou discreta diferença no aspecto visual em temperatura ambiente e geladeira e cor em temperatura ambiente, podendo ser associado à presença de compostos bioativos. O pH foi 5,44±0,13 e a densidade 1,031±0,002 g/cm3, de acordo com os valores reportados na literatura. O sabonete líquido desenvolvido apresentou características organolépticas, pH e densidade aparente adequados. Ademais, pesquisas posteriores deverão ser feitas para melhorias do produto e análises de eficácia.
INTRODUÇÃO: As intoxicações são apontadas como emergências médicas mais corriqueiras no público pediátrico, cujo agente doméstico predominante, são os domissanitários. O perigo da intoxicação em crianças se deve pelo pouco discernimento do que seja prejudicial à saúde e na maioria das vezes apresentam condutas curiosas (AGUIAR et al., 2020). Além disto, há uma ampliação nos casos envolvendo animais peçonhentos, sendo o escorpionismo com maior periodicidade nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil (CAMPOS et al., 2020). Segundo informações obtidas no Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), no ano de 2017, ocorreram 76.115 intoxicações no Brasil, englobando pacientes com faixa etária desde menores de 1 ano até maiores de 80 anos de idade. Na faixa etária entre menores de 1 ano até 14 anos de idade, foram notificados 6.559 casos de intoxicações por medicamentos, 2.316 casos com domissanitários, 1.735 acidentes com escorpião, 1.375 acidentes com outros animais peçonhentos/venenosos e 1.178 casos de intoxicação com produtos químicos industriais (SINITOX, 2017). Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo analisar as intoxicações na população infanto-juvenil em um centro de intoxicação do Nordeste, para com isso, determinar o perfil sociodemográfico e os agentes mais frequentes envolvidos nos acidentes toxicológicos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa, realizada em um hospital da rede pública terciário do Estado do Ceará. Foram avaliadas as fichas de intoxicações dos pacientes, suspeitos de intoxicações agudas por agentes tóxicos, no ano de 2019. A coleta de dados foi realizada utilizando-se formulário com as seguintes variáveis: idade, sexo, animal envolvido no acidente e agentes tóxicos. Os dados foram analisados por meio do programa Epi info, versão 7.2.2.6. As variáveis foram apresentadas como frequência absoluta (n) e relativa (%). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital, com parecer de nº 3.550.331. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisaram-se 959 fichas de pacientes menores de 1 ano a 15 anos. Não houve diferença entre o sexo masculino (50,89%, n=488) e o feminino (49,11%, n=471). Em primeiro lugar, a faixa etária entre 1 a 5 anos, foi responsável por 43,80% (n=420) dos casos, em segundo lugar, de 6 a 10 anos com 27,84% (n=267), terceiro lugar de 11 a 15 anos com 26,80% (n=257), e em quarto e último < 1 ano de idade com 1,56% (n=15). No que se refere aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, 80,65% (n=25) dos casos foram causados por serpentes, 1,72% (n=13) por escorpião e 33,33% (n=2) por aranhas, necessitando em alguns casos o uso de antídotos. Já com relação aos agentes tóxicos, o escorpionismo apresentou os maiores casos com 78,62% (n=754), seguido por medicamentos com 6,05% (n=58), serpentes (venenosas) com 3,23% (n=31), animais não peçonhentos com 2,92% (n=28), produtos químicos industriais 2,61% (n=25) e os domissanitários com 1,25% (n=12). Ressalta-se que os acid...
O presente trabalho teve como objetivo analisar as intoxicações na população infanto-juvenil. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa, realizada em um hospital da rede pública terciário do Estado do Ceará. Foram avaliadas as fichas de intoxicações dos pacientes, suspeitos de intoxicações agudas por agentes tóxicos, no ano de 2019. Analisaram-se 959 fichas de pacientes com idade entre < 1 a 15 anos, e observado não haver diferença entre o sexo masculino (50,89%, n=488) e o feminino (49,11%, n=471). Em primeiro lugar, a faixa etária entre 1 a 5 anos, responsável por 43,80% (n=420) dos casos, em segundo lugar, de 6 a 10 anos com 27,84% (n=267), terceiro lugar de 11 a 15 anos com 26,80% (n=257), e em quarto e último < 1 ano de idade com 1,56% (n=15). Em relação aos agentes tóxicos, escorpionismo foram os mais preeminentes, 78,62% (n=754) dos casos, seguido por medicamentos com 6,05% (n=58), animais peçonhentos venenosos (serpentes) com 3,23% (n=31), animais não peçonhentos com 2,92% (n=28), produtos químicos industriais 2,61% (n=25) e os domissanitários com 1,25% (n=12). Com relação aos acidentes com animais peçonhentos, 80,65% (n=25) dos casos foi causado por serpentes, 1,72% (n=13) por escorpião e 33,33% (n=2) por aranhas, necessitando em alguns casos o uso de antídotos. Conclui-se observar que os acidentes envolvendo as crianças e adolescentes estão se tornando cada vez mais frequentes, o que fomenta a necessidade de estratégias de campanhas para maiores orientações, acompanhamento e ajuda psicológica em escolas, espaços públicos e internet.
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