O aproveitamento integral do caju (Anacardium occidentale L) é uma meta a ser alcançada pela indústria do beneficiamento da castanha, que considera o pedúnculo dessa fruta um resíduo. Nesse contexto, o uso de meio semi-sólido no processo de fermentação pode ser vantajoso por abrir a possibilidade na utilização desse tipo de resíduo como substrato, o que representa no Brasil, matéria-prima abundante e de baixo custo. Assim, objetivou-se com esse trabalho a caracterização físico-química do bagaço seco do pedúnculo do caju para sua posterior utilização em um processo de fermentação semi-sólida para produção de pectinases, utilizando como microrganismo o Aspergillus niger. Mediante os resultados, observou-se que o bagaço possuía 11,69 % b.s de umidade; pH de 3,66; açúcares redutores e pectina iguais a 20,26 g/g e 8,39 %pectato de cálcio, respectivamente; e, tamanho das partículas entre 0,7 e 0,42 mm. Avaliando-se tais parâmetros em relação aos processos relatados pela literatura, para a utilização do bagaço seco do pedúnculo do caju, se faz necessário o ajuste de parâmetros para que a atividade enzimática se sobressaia.
O Brasil se insere no contexto de um dos maiores produtores de frutas do mundo, devido seu clima e solos favoráveis. Tais frutas são aproveitadas pela indústria para produção de diversos produtos, como sucos e doces, além de seu consumo in natura. Contudo, o processamento de frutas gera resíduos com alto valor nutritivo. Dentre essas frutas, estão o caju e o maracujá, importantes culturas da Região Nordeste. Este trabalho teve como objetivo a caracterização físico-química das farinhas do pedúnculo do caju e da casca e albedo do maracujá para que fosse avaliada a possibilidade de aproveitá-las em alguma aplicação em potencial. A farinha do pedúnculo de caju apresentou os seguintes valores na caracterização: umidade 14,73%b.u, pH 4,15, resíduos minerais 2,07%b.u, 36,67 °Brix, açúcares redutores 31,12 g/100g e pectina 10,67%. A farinha da casca do maracujá apresentou os seguintes valores na caracterização: umidade 6,04%b.u, pH 3,77, resíduos minerais 6,86%b.u, 30 °Brix, açúcares redutores 17,73 g/100g e pectina 16,66%. A partir desses dados, sugeriu-se a utilização das farinhas como substratos em um processo de fermentação semi-sólida para a produção de bioprodutos.
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