Perfil dos supervisores de psicologia em Serviços-Escola Brasileiros (treino/atendimento) Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil demográfico dos supervisores dos cursos de graduação em Psicologia, obtidos pelo projeto de pesquisa intitulado "Serviços-Escola de Psicologia no Brasil", que tinha entre seus objetivos a caracterização dos serviços-escola de psicologia brasileiros. A pesquisa foi disponibilizada on-line em umsite da internet específico para a pesquisa, divulgado através de vários meios de comunicação, no qual, o participante em potencial da pesquisa (supervisor, estagiário ou gestor de uma das clinica escolas de Psicologia do Brasil), depois de acessar a pagina e o seu campo específico, informava dados pessoais (sexo e idade), dados institucionais (vínculo de trabalho, tipo de instituição e localização) e dados profissionais (abordagem teórica e tempo de experiência/área). Do total de 846 participantes potenciais apenas 147 eram supervisores de cursos de Psicologia que haviam completado totalmente o questionário e foram, por isso, considerados para presente análise. Os dados coletados, no período de 2008 a 2010, apontaram que a maioria dos respondentes era do sexo feminino (77,6%), tinha idade entre 38 a 45 anos (45,5%), possuía vínculo formal de trabalho (90%) com instituições de ensino privado (56%), localizadas nas Regiões Sul e Sudeste (78%). A Psicanálise figurou como abordagem mais referida (24%) e aqueles que referiam ter mais de 10 anos de experiência em Psicodiagnóstico/Psicoterapia (64,4%). Apesar do tamanho da amostra não ser representativa do perfil dos supervisores brasileiros, os dados obtidos forneceram informações importantes sobre o perfil dos supervisores, peça chave na formação do aluno de graduação.
Este estudo foi conduzido para comparar os resultados de um procedimento grupal aberto e um procedimento individual estruturado para avaliação do comportamento da criança conforme o relato materno. Participaram deste estudo 29 mães que buscavam atendimento para seus filhos em uma unidade de saúde mental infanto-juvenil. As primeiras 15 mães que procuraram o serviço foram entrevistadas individualmente conforme um roteiro estruturado desenvolvido a partir do CBCL e depois foram entrevistadas em grupo, em formato aberto. As outras 14 mães participaram da entrevista grupal aberta e em seguida participaram da entrevista individual estruturada. Os resultados das entrevistas foram comparados tomando como referência as 67 categorias comportamentais identificadas a partir do roteiro individual e quatro variáveis contextuais relatadas nos dois procedimentos. Os resultados mostram que um número substancialmente maior de comportamentos-problema foi identificado através de entrevista individual estruturada do que através de entrevista grupal aberta realizada com os mesmos informantes. É possível que o uso de um roteiro estruturado em entrevistas grupais possa oferecer mais informações com otimização do tempo de avaliação.
RESUMOEste trabalho teve o objetivo de avaliar o perfil de crianças encaminhadas para serviços de saúde mental e discutir o impacto dos problemas funcionais apresentados em escolares, que podem estar sendo negligenciados pelas políticas públicas brasileiras. Os dados de 160 escolares, de ambos os sexos, foram coletados em três serviços médicos de saúde mental com os respectivos cuidadores, a partir de dois instrumentos: ficha de identificação para caracterizar os participantes, os cuidadores, o perfil sociodemográfico, o responsável pelo encaminhamento e a queixa; e Inventário dos Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos (CBCL6/18 anos). Os dados obtidos evidenciam uma alta demanda devido a dificuldades emocionais/comportamentais, combinadas com dificuldades de aprendizagem, de relacionamento e na vida diária, denominadas pelo Ministério da Educação (MEC) como transtornos funcionais, não atendidas pelas políticas de Ensino Especial, encaminhadas por postos de saúde e médicos, e não prioritariamente pela escola, encaminhador padrão. Exceto pelo encaminhamento, os dados são consistentes com a literatura, que aponta uma alta incidência dessas dificuldades em crianças e adolescentes, geradores de barreiras acadêmicas e de problemas de alto impacto ao longo da vida acadêmica e pessoal. A esse respeito, modelos de intervenções baseadas em escola têm de forma crescente ampliado o conceito de inclusão e apontado alternativas ABSTRACTThis study had the objective of evaluating the profile of children referred to mental health services and of discussing the impact of functional problems presented at school, which may be neglected by the Brazilian public policies. Data from 160 schoolchildren, of both genders, was collected from their respective caretakers in three mental health services using two instruments: an identification form to characterize the participants, the caretakers, the social-demographic profile, the person responsible for the referral and demand; and the Child Behavior Checklist (CBCL) for children and adolescents between 6 and 18 years of age. Data obtained showed a high demand due to emotional/behavioral difficulties combined with learning, relationship and daily life difficulties named functional disorders by the Brazilian Ministry of Education and Culture (MEC) and not attended by the special education policies, which were referred by health centers and not mainly by the school, which would be the standard. Except for the referral, data is consistent with the literature, which points out a high incidence of these difficulties in children and adolescents, creating academic barriers and problems that have a great impact throughout their academic and personal lives. In this regard, intervention models based in schools have increasingly widened the concept of inclusion and offered promising alternatives of alliances between schools and mental health services, which may inspire future public policies in the area.
ResumoAinda que a atenção à saúde mental infanto-juvenil tenha aumentado desde o início do século XXI, os trabalhos nessa área ainda são incipientes e há poucas publicações na literatura sobre intervenção em saúde mental voltadas a essa faixa etária em comparação com os trabalhos realizados com o público adulto. Questões relativas à psicopatologia infanto-juvenil possuem singularidades e merecem considerações distintas quanto à evolução, à classifi cação e ao tratamento, levando-se sempre em consideração o estágio de desenvolvimento individual. Este artigo tem como objetivo abordar três aspectos associados à saúde mental infanto-juvenil e de grande impacto tanto no diagnóstico como no prognóstico de difi culdades emocionais e comportamentais, a saber: (a) heterogeneidade das manifestações clínicas; (b) classifi cação dos quadros clínicos; e (c) fatores de risco e proteção. A partir das considerações apresentadas, defende-se como urgente e prioritária a realização de intervenções precoces com caráter preventivo, tendo como alvo evitar ou minimizar os problemas futuros em uma população que pode estar em situação de risco. Palavras-chave:Saúde mental, psicopatologia, infância, adolescência. AbstractAlthough attention to children and adolescents mental health has increased since the beginning of the XXI century, works in this area are still incipient and there is little published in the literature on juvenile mental health intervention in comparison with what has been accomplished with adults. Issues related to children and adolescent psychopathologies have singularities and deserve different considerations regarding the evolution, classifi cation and treatment, especially considering individual development stages. This paper aims to address three aspects associated with children and adolescent mental health that imposes great impact both on the diagnosis and prognosis of emotional and behavioral diffi culties, namely: (a) heterogeneous clinical manifestations, (b) clinical classifi cation, and (c) risk and protective factors. From the presented considerations, we defend that early intervention with preventive aspects, aiming to prevent or minimize future problems, targeting the population that may or at risk, are urgent and should be dealt as priority.Gauy, F. V, Rocha, M. M. 784 Manifestación Clínica, Modelos de Clasifi cación y Factores de Riesgo/Protección de la Psicopatología en la Infancia y AdolescenciaResumen Aunque la atención de la salud mental de niños y adolescentes ha aumentado desde principios de siglo XXI, el trabajo en esta área es aún incipiente y hay poca literatura publicada sobre intervención en la salud mental de menor en comparación con el trabajo realizado con el público adulto. Las cuestiones relacionadas con la psicopatología juvenil tienen singularidades y merecen consideraciones diferentes sobre la evolución, clasifi cación y tratamiento, siempre teniendo en cuenta la etapa de desarrollo individual. Este artículo tiene como objetivo hacer frente a tres aspectos relacionados con la salud men...
Silvares, E. F. M. (Org.). (2006). Atendimento psicológico em clínicas-escola. Campinas, SP: Átomo.Atualmente, o ensino e formação em Psicologia têm recebido atenção especial pelo Conselho Federal de Psicologia e pelas instituições formadoras, no sentido de ampliar o repertório de atuação do psicólogo para atender de forma satisfatória as necessidades da população brasileira. Um caminho essencial para fundamentar e refletir sobre este tema é investigar como as clínicas-escola de Psicologia têm contribuído para a formação dos psicólogos no Brasil. A presente obra tem por objetivo apresentar uma panorama do cenário brasileiro de como estas instituições estão oferecendo atendimento psicológico à comunidade.A clínica-escola em Psicologia consiste no ambiente associado a uma instituição de ensino, no qual o aluno completa a sua formação ao realizar a prática clínica, sob a orientação de um professorsupervisor. Esta tem o objetivo de promover ações e procedimentos que possibilitem o ensino e a pesquisa, contribuindo para a formação do aluno, ao mesmo tempo em que ele atende à comunidade. Apesar de fazer parte da formação de todos os psicólogos clíni-cos, o tema clínica-escola na Psicologia ainda tem recebido pouca atenção.O referente livro enfoca este tema ao compartilhar com os leitores as reflexões decorrentes dos encontros, relativos a esta temática, realizados em congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP). Estes encontros visam ampliar as discussões sobre a atuação e funcionamento das clínicas-escolas brasileiras de Psicologia a partir do reconhecimento da prática e pesquisa clínica, do perfil da demanda, da dinâmica de diferentes serviços e das necessidades de mudanças para melhor atender aos objetivos de um serviço-escola. Assim, esta obra contribui de forma teórica e prática ao abordar aspectos metodológicos e conceituais do atendimento e da pesquisa clínico-institucional e ao apresentar modelos de serviços de atendimento psicológico a diferentes clientelas.O livro foi dividido em quatro partes. Inicialmente, no Capítulo 1, há uma preocupação de se esclarecer alguns aspectos metodológicos e teóricos. São abordadas questões históricas e conceituais das clínicas-escola, previstas na legislação pelo parecer 403/62, que criou a profissão e que pela lei 4119/62 foi regulamentada; discussões dos entraves logísti-cos destes serviços devido à alta demanda e à proposta de atendimento pautada no modelo individual semelhante ao modelo médico, condição geradora de longas filas de espera, resultando em altos índices de desistência; e reflexões sobre a necessidade do uso de novos procedimentos para melhor atender o binô-mio: formação acadêmica e atendimento à comunidade.Já no Capítulo 2, discute-se metodologia de pesquisa em intervenções clínicas institucionais. O objetivo foi apresentar alguns desafios a serem superados na pesquisa clínica, e sugestões de indicações metodológicas para pesquisa nesta área: delineamentos não experimentais e experimentais, de sujeito único e de grupo. ...
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