O presente artigo analisa a trajetória recente de Florianópolis (SC) para se tornar uma cidade criativa. Ao mesmo tempo em que se eleva o status de metrópole regional, a alcunha de “ilha da magia” vai se desvinculando da sua identidade original e volta-se à exploração da diversão e de prazeres. A partir da sua aprovação na Rede de Cidades Criativas da UNESCO (UCCN em inglês), a cidade se projeta como um destino gastronômico e o slogan “Floripa – cidade criativa” emerge no sentido de reforçar a modalidade turística voltada ao turismo de negócios e eventos. Uma série de estratégias de reposicionamento territorial foi analisada como: a) instalação de incubadoras e startups de economia criativa; b) vídeos institucionais buscando promover a cidade para outros países do MERCOSUL; c) incentivo a artistas locais na realização de grafismos em murais artísticos. Como reflexão, alguns indicadores apontam para grandes desafios quanto aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a delineada gentrificação no centro histórico. Como conclusões, analisa-se a mudança de posicionamento voltado a busca por outro perfil de turista que não nega a “ilha da magia”, mas busca agregar atributos urbanos e cosmopolitas à cidade diante de um cenário competitivo entre destinos turísticos.
O tema da sustentabilidade tem sido amplamente discutido desde a crise energética dos anos 70, momento em que a humanidade percebeu a importância e necessidade de consumo responsável dos recursos naturais. Nesta oportunidade surgiu também a premissa de que devemos consumir os recursos existentes de forma a satisfazer as necessidades atuais sem comprometê-los para as gerações futuras. Um pouco mais recente, o conceito de ‘cidades criativas’ surge como pólo irradiador de conhecimento e soluções inovadoras no âmbito das cidades, sendo a sustentabilidade uma pauta importante neste contexto. Entretanto, ao conectar e replicar tais visões, torna-se fundamental uma análise das reais necessidades e iniciativas de cada comunidade, a serem abordadas neste artigo.
RESUMO O turismo é um importante elemento para a economia e para a identidade de muitas cidades. O objetivo desta pesquisa foi compreender, a partir das avaliações dos turistas, quais são as experiências emocionais mais comuns vividas em suas cidades favoritas, e quais elementos as evocam. Adotou-se, para tanto, a Teoria dos Appraisals como modelo de investigação. Ela estabelece que as emoções experimentadas derivam da forma como os turistas processam as informações sobre o ambiente. A pesquisa, de base quantitativa, teve uma amostra de 310 pessoas e identificou cinco tipos de experiências emocionais que definem a preferência da pessoa por uma cidade: altruísmo/solidariedade, diversão, alegria, vínculo com o território e quebra de expectativas, sendo que cada uma pode ser incitada a partir de estímulos específicos.
<p>Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, promove-se como um destino cultural para a comunidade local e para os visitantes. Alguns projetos conhecidos são o Porto Alegre em Cena, Porto Verão Alegre e Serenata Iluminada, além da Bienal de Artes Visuais do Mercosul, que teve sua 9ª edição no ano de 2013. Nesse contexto, a pesquisa desenvolvida visou compreender como projetar estímulos que facilitem a criação de vínculos dos cidadãos com a arte, na cidade de Porto Alegre, partindo da experiência da 9a Bienal do Mercosul. Foi realizada uma pesquisa de natureza exploratória, sobre a experiência de pessoas que têm recorrência na visitação da Bienal, por meio de vinte entrevistas em profundidade. Os resultados foram discutidos a partir de suas potencialidades para fomentar projetos de design aplicado ao território, e ratificaram o potencial que o espaço da cidade tem para estimular a conexão entre pessoas e arte, o que pode ser trabalhado por instituições diversas, a partir de intervenções planejadas. Além disso, observou-se que o território, como objeto projetual no design, pode oferecer não apenas um espaço adequado para as pessoas, mas também facilitar a dinâmica social que nele acontece. Nesse cenário, o fator interação que se estabelece entre o território, a arte e as pessoas facilita o desenvolvimento do vínculo emocional entre a Bienal e os habitantes da cidade. Porto Alegre, como metrópole permeada pela arte no período da Bienal, é um fenômeno único, a ser observado. As conclusões apontam que, apesar de alguns elementos parecerem independentes da cidade, outros, como o uso de seus espaços característicos, são circunscritos a aspectos marcadamente locais. </p>
A efetividade no trato dos problemas urbanos e sociais não acompanhou a rápida urbanização das grandes cidades. Novas dinâmicas vêm emergindo de uma sociedade que age criativamente, coletivamente e de forma colaborativa, implementando novos canais para resolução de problemas que não dependam exclusivamente do poder público. O artigo se propõe a analisar novos modelos de engajamento popular e divisão de responsabilidades que vem se impondo nas cidades contemporâneas, observando dinâmicas online, offline ou mistas da participação social representadas pelo codesign. Como cenário para discussão, se definiu como recorte o contexto da mobilidade urbana em Porto Alegre durante a última década.
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