This article aims at discussing aspects of the Project More Doctors for Brazil’s Special Supervision Group in areas of difficult access in the Brazilian state of Roraima. It is focused on the relationships between supervisors and doctors, identifying potentialities and difficulties, and highlighting strategies to overcome them. This is an experience report from a thematic content analysis of documents produced by supervisors in 2015 and 2016. Three key categories emerged: potentialities, challenges of the process and constructions based on supervision. Based on the analysis, this is an innovative relationship in healthcare, where academia and services hardly ever come together. It is a complex relationship with structural, cultural and educational limitations. It requires creativity and planning to play all different roles under construction.
O Programa Mais Médicos ampliou o acesso à assistência médica nos contextos indígenas brasileiros, como na Terra Yanomami (TY). Até novembro de 2018, na TY havia exclusivamente médicos cubanos, quando foram substituídos por brasileiros. Esta pesquisa qualitativa buscou compreender as experiências desses médicos brasileiros em seus primeiros meses de trabalho. Realizou-se análise temática dos conteúdos provenientes de entrevistas semiestruturadas, tendo como fio condutor os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS) e como referenciais teóricos o saber da experiência e as políticas de saúde indígena. Emergiram três categorias relacionadas ao cuidado em saúde indígena: processo de trabalho, encontro entre culturas e formação médica. As experiências mostraram-se complexas e heterogêneas, com demonstração de satisfação e aprendizados. Conclui-se que o cuidado em saúde indígena demanda um olhar singular e diferenciado para os princípios da APS, devendo-se construir competências para atuação médica nesse contexto.
This article presents an analysis of the actions to support health teams in a small city in the State of Rio de Janeiro in the fight against Covid-19, in a university-municipal partnership. The cartographic approach of the micropolitics of work and health care was the framework that guided the work. Permanent health education workshops were held over the internet, with the healthcare teams and managers of the Primary Care teams, coordinated by the researchers. In these meetings, problem situations were identified and, among them, the fear of being contaminated, of contaminating others, and of dying emerged, negatively interfering with daily work. These fears were mapped, as well as their concrete implications and the potencies and tools to face them; Fear in times of pandemic was discussed, as a weakness and as a power, the recognition of intuition-intelligence and collective practice, as elements for facing difficulties, from which is possible to observe the passage from the state of hope as a noun to hope as verb, or ‘hope-doing’.
Trata-se de estudo qualitativo sobre o papel da supervisão acadêmica do Grupo Especial de Supervisão do Projeto Mais Médicos para o Brasil de Roraima (GES-RR) durante a pandemia de Covid-19. Foi realizada uma cartografia, com entrevistas e uma roda de conversa. Durante a pandemia, a Atenção à Saúde Indígena passou por rearranjos e a supervisão acadêmica do GES-RR exerceu-se remotamente, o que reduziu seu potencial, mas manteve sua relevância. O acolhimento dos médicos pelos supervisores potencializou a capacidade transformadora da assistência e diminuiu a sensação de isolamento e abandono. O GES-RR foi importante para a mediação de conflitos com a gestão, para a qualificação do trabalho médico, para a reflexão sobre as relações e condições de trabalho e como espaço privilegiado de Educação Permanente em Saúde. O estudo mostrou a importância dos papéis exercidos e da retomada presencial em momento oportuno.
RESUMO O presente artigo apresenta uma análise das ações de apoio às equipes de saúde de um mu- nicípio de pequeno porte do estado do Rio de Janeiro no enfrentamento da Covid-19, em uma parceria universidade-município. A abordagem cartográfica da micropolítica do trabalho e do cuidado em saúde foi o referencial que orientou o trabalho de campo. Foram realizadas oficinas de educação permanente em saúde pela internet com as equipes assistenciais e gestora da rede básica, coordenadas pelos pesqui- sadores. Nesses encontros, foram identificadas situações-problema, emergindo, dentre elas, o medo de se contaminar, de contaminar outrem e de morrer, interferindo negativamente no trabalho cotidiano. Esses medos foram mapeados, assim como suas implicações concretas e as potências e ferramentas para seu enfrentamento. Como fragilidade, discutiu-se o medo em tempos de pandemia; como potência, o reconhecimento da intuição-inteligência e prática coletivas como elementos para o enfrentamento das dificuldades, e analisou-se a passagem do estado de esperança para o esperançar.
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