Studies of families with adopted children are of special interest to attachment theorists because they afford opportunities to probe assumptions of attachment theory with regard to the developmental timing of interactions necessary to form primary attachments and also with regard to effects of shared genes on child attachment quality. In Bowlby's model, attachment-relevant behaviors and interactions are observable from the moment of birth, but for adoptive families, these interactions cannot begin until the child enters the family, sometimes several months or even years post-partum. Furthermore, because adoptive parents and adopted children do not usually share genes by common descent, any correspondence between attachment representations of the parent and secure base behavior of the child must arise as a consequence of dyadic interaction histories. The objectives of this study were to evaluate whether the child's age at the time of adoption or at the time of attachment assessment predicted child attachment security in adoptive families and also whether the adoptive mother's internal attachment representation predicted the child's attachment security. The participants were 106 mother -child dyads selected from the 406 adoptions carried out through the Lisbon Department of Adoption Services over a period of 3 years. The Attachment Behavior Q-Set (AQS; Waters, 1995) was used to assess secure base behavior and an attachment script representation task was used to assess the maternal attachment representations. Neither child's age at the time of adoption, nor age of the child at assessment significantly predicted the AQS security score; however, scores reflecting the presence and quality of maternal secure base scripts did predict AQS security. These findings support the notion that the transmission of attachment security across generations involves mutual exchanges and learning by the child and that the exchanges leading to secure attachment need not begin at birth. These results complement the findings and conceptual arguments offered by Bowlby and Ainsworth concerning the critical influence of maternal representations of attachment to the quality of attachment security in children.
A adopção como experiência humana transcende todas as culturas e existe desde sempre, tendo desempenhado diferentes funções ao longo do tempo, reflectindo as mudanças sociais relativas ao modo como a sociedade encara as necessidades da criança, os modos de guarda, consoante as necessidades dos pais biológicos e dos pais adoptivos. Nas culturas da Europa Ocidental e Americana e ainda num grande número de outras culturas, acredita-se que a família é o melhor meio para a criança crescer. Assim a adopção é um procedimento legal que visa dar uma família à criança cujos pais biológicos não são capazes, não têm vontade ou estão legalmente proibidos de tomarem conta dela, assegurando-lhe uma família de carácter definitivo, capaz de lhe proporcionar um ambiente propício ao seu desenvolvimento, assegurando as suas necessidades. Em Portugal, a legislação tem sido revista e alterada no sentido da promoção dos interesses da criança e da defesa dos seus Direitos. O presente estudo tem como objectivo geral a caracterização das famílias adoptivas do distrito de Lisboa e faz parte de uma investigação mais ampla sobre a qualidade da vinculação nas crianças adoptadas. Pudemos constatar que as famílias adoptivas apresentam a mesma diversidade e heterogeneidade que as famílias com filhos não adoptados, à excepção da sua (in)fertilidade e do número de anos de casamento (que é superior nas família adoptivas) até à chegada do primeiro filho. A adopção continua a ser, para a maioria das famílias adoptivas uma solução para o problema da infertilidade, embora as famílias procurem associar também uma motivação social. A criança adoptada está, na maioria dos casos, de acordo com a criança idealizada.
Este trabalho foi elaborado com o objectivo de compreender os sentimentos e vivências das mães, enquanto mães adoptivas, avaliando as estratégias encontradas para solucionar as diversas dificuldadesque esta situação acarreta. Para tal, foram realizadas e analisadas cinco entrevistas semi-estruturadas, de acordo com o método Grounded Theory, a mães adoptivas com idades compreendidas entre os vinte e sete e os quarenta anos de idade, cujas crianças tinham idades variáveis entre os três meses e os seis anos, aquando da realização das entrevistas. Assim, observou-se a emergência de cinco fases: o desejo de ter um filho; os tratamentos médicos/hospitalares; o desejo de adoptar; o planeamento para a chegada da criança e, por último, a concretização do desejo de ser mãe. Estas fases interligam-se por vários pontos de transição donde se destaca a percepção de um problema (infertilidade), o fracasso dos tratamentos médicos com a aceitação de uma parentalidade adoptiva, a reunião com o técnico e, por último, a ida para casa.
Resumo: O estudo da qualidade da vinculação em crianças adoptadas é de extrema relevância para a Teoria da Vinculação, uma vez que permite avaliar a qualidade da vinculação e o seu desenvolvimento em famílias, nas quais não há partilha da mesma informação genética nem da mesma história familiar. São dois os objectivos principais do presente trabalho: 1) avaliar se a idade da criança à data da adopção tem alguma influência na qualidade da vinculação estabelecida com a sua nova família e 2) verificar se existe uma relação entre o modelo interno dinâmico da mãe e o comportamento de base segura do seu filho(a) adoptado(a). Para atingir tais objectivos foram utilizados, o AQS (Waters, 1987) para a caracterização da qualidade de vinculação mãe-criança e as Narrativas Maternas (H. Waters & Rodrigues-Doolabh, 2001) para aceder ao modelo interno da mãe. Não foi encontrada uma relação entre a idade e a qualidade da vinculação, facto que sugere que a criança consegue estabelecer relações significativas ao longo dos primeiros anos de vida. Tal resultado questiona, por um lado, a noção de período crítico para o estabelecimento da vinculação e, por outro lado, salienta o papel fulcral de uma figura estável e sensível para a promoção e desenvolvimento de laços afectivos. Os resultados obtidos demonstram ainda que a qualidade dos scripts de base segura maternos está relacionada com os valores do critério de segurança dos seus filhos. Desta forma, os nossos resultados estão de acordo com M. Ainsworth -que sempre sublinhou ao longo dos seus trabalhos,o papel importante da sensitividade materna na construção de uma vinculação segura -e suportam um dos princípios básicos da Teoria da Vinculação, o conceito de transgeracionalidade, em que o modelo interno da mãe é tido como um factor mediador da qualidade da prestação
Résumé L’étude de la qualité de l’attachement chez les enfants adoptés est d’une grande importance pour la théorie de l’attachement, car elle permet d’évaluer la qualité de l’attachement et son développement dans les familles pour lesquelles il n’existe ni communauté génétique ni même histoire de famille. Les objectifs de ce travail sont doubles : 1) évaluer si l’âge de l’enfant à la date de son adoption a une véritable influence sur la qualité de l’attachement établi avec sa nouvelle famille ; 2) vérifier s’il existe une relation entre le modèle de représentation intériorisé de la mère et le comportement de base de sécurité de son enfant adopté. Pour atteindre ces objectifs nous avons utilisé l’AQS (Waters, 1987) pour la caractérisation de la qualité de l’attachement mère-enfant, et les Narratifs maternels (Waters H. et Rodrigues-Doolabh, 2001) pour accéder au modèle intériorisé de la mère. Nous n’avons trouvé aucune relation entre l’âge à l’adoption et la qualité de l’attachement, ce qui suggère que l’enfant réussit à établir des relations d’attachement significatives au long des premières années de sa vie. Un tel résultat interroge, d’une part, la notion de période critique pour l’établissement de l’attachement et, d’autre part, l’importance du rôle prépondérant d’une figure stable et sensible pour la promotion et le développement de liens affectifs. Les résultats démontrent que la qualité des narratifs maternels de base sécurisante est reliée aux valeurs du critère de sécurité de ces enfants. Ainsi, nos résultats sont en accord avec M. Ainsworth – qui a toujours souligné au long de ses travaux le rôle important de la sensibilité maternelle dans la construction d’un attachement sécurisé – et soutiennent un des principes de base de la théorie de l’attachement : le concept transgénérationnel, où le modèle intériorisé des relations d’attachement de la mère est un facteur médiateur de la qualité du soin et de l’interaction avec l’enfant, qui se reflète sur la qualité de l’attachement des enfants.
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