O objetivo deste estudo é analisar os principais fatores facilitadores e restritivos no desenvolvimento de projetos de pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em cooperação com empresas, segundo o olhar de 10 líderes de grupos de pesquisa e de 14 gestores de empresas. A base teórica do estudo compreende a discussão dos argumentos de autores nacionais e internacionais acerca da cooperação universidade-empresa (U-E). A pesquisa é descritiva com abordagem qualitativa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a pesquisa bibliográfica, análise documental e o questionário, sendo tratados de modo descritivo. Os fatores “recursos financeiros adicionais” e “acesso a pesquisadores qualificados” foram considerados como os fatores mais facilitadores segundo os líderes de grupos de pesquisa e gestores de empresas, respectivamente; e o “excesso de burocracia” como o fator mais restritivo à cooperação universidade-empresa, tanto para os líderes de grupos de pesquisa como para os gestores de empresas. Os achados são corroborados por estudos teóricos e empíricos nacionais e internacionais, reforçando os avanços da literatura e das questões metodológicas utilizadas. Conclui-se que a universidade deverá aperfeiçoar as práticas de cooperação com as empresas, estabelecendo políticas institucionais que possibilitem a redução da burocracia e dos prazos de tramitação dos processos, a fim de minimizar as barreiras identificadas na interação e possibilitar o desenvolvimento de mais pesquisas aplicadas entre os envolvidos na cooperação. O estudo tem como limitações a volatilidade das percepções dos pesquisados, a área geográfica de Santa Catarina e três Centros de Ensino da Udesc.
Objetivando explorar e analisar a relação entre redes e desempenho empresarial, este estudo de multicasos longitudinais foi desenvolvido em cinco empresas selecionadas por acessibilidade e conveniência, em diferentes estágios de incubação, na Softville, incubadora de base tecnológica de Joinville-SC. Gestores e empregados dessas empresas responderam ao questionário sociométrico, em três momentos no período de um ano. As redes de confiança, de informação técnica e de informação sobre gestão e suas características estruturais de tamanho, densidade e coesão foram mapeadas. Além disso, foram levantados dados de desempenho das empresas (tamanho da equipe, número de clientes e faturamento). Empresas pesquisadas com redes mais coesas apresentam melhores desempenhos, corroborando indicações da literatura e sugerem que práticas de suporte às empresas incubadas devem privilegiar competência de formação e de atuação em network.
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